segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Por uma educação do tamanho que nossas cidades precisam: ano eleitoral.

O ano que está no seu iluminado quarto dia tem um algo de especial: é um ano eleitoral. E é mais especial ainda, porque além de eleitoral , começa com toda uma turbulência política em torno do pedido de impedimento da presidenta Dilma e uma crise econômica que pode ser representada pelo índice de inflação em dois dígitos.
Talvez especial não seja o adjetivo mais correto a ser usado, entretanto, há aí uma certa coerência em usá-lo pois nas eleições municipais que ocorrerão muitas coisas serão decididas(como, por exemplo, a correlação de forças dos partidos que influenciará a eleição presidencial de 2018) além dos representantes locais.
E são estes, representantes locais - vereadores e prefeitos - que terão a responsabilidade de encaminhar e executar projetos por quatro anos(que culminam, vejam só, em 2020) nos mais de cinco mil municípios do país. Inclusive os projetos voltados à Educação.
É de extrema importância no pleito eleitoral que os projetos dos candidatos sejam discutidos e analisados para que as áreas, principalmente tão importantes como Educação, não fiquem num vácuo de quatro anos. Os projetos voltados à Educação tanto de vereadores quantos dos candidatos a prefeito precisam estar em consonância com a legislação vigente - LDB, Constituição, PNE, PME, LDO, Plano de Carreira do Magistério e outras leis - bem como relacionadas as necessidades locais de cada município. É necessário que cada candidato, por exemplo, saiba qual o índice de alfabetização do município, qual o IDEB, qual o IDESP(caso a cidade participa do SARESP); quantos alunos estão matriculados na rede; qual o déficit de vagas na Educação Infantil(creche) e se existe déficit no ensino fundamental; quantas escolas e creches existem na cidade; qual o número de profissionais da Educação; para a partir daí apresentar propostas que sejam efetivas e possíveis de serem realizadas para a melhoria, avanço ou continuidade de um ensino de boa qualidade social para localidade.
Programas de acesso-permanência como distribuição de uniformes escolares, material didático e escolar, transporte e outros também devem ser considerados, mas não só isso. Mas principalmente, nós eleitores, temos que saber qual a concepção de educação que o tal candidato ou candidata tanto a vereador quanto a prefeito acredita. Ou seja, que tipo de ensino ele quer que as crianças e os jovens tenham ao entrar na sala de aula. 
Podemos colocar da seguinte forma: o/a candidato/a acredita num educação transformadora ou conservadora? Ele compartilha de uma educação inclusiva ou exclusiva? Numa educação que só prepara para o mercado de trabalho ou para todos os desafios sócio-culturais - ambientais -psicológicos que a vida e o mundo em constante transformação proporcionam? Uma educação tecnológica ou tecnicista?
São muitas as questões, porém, devem ser pensadas, analisadas e dissecadas não só por pais de alunos, mas por alunos, intelectuais da cidade, movimentos sociais e todos que participam da comunidade local.
Outro aspecto que deve ser observado nos/as candidatos/as é como eles tratarão os profissionais da Educação(professores, gestores, inspetores, merendeiras, secretários de escolas, agentes escolares, oficiais de escolas, auxiliares de creche, auxiliares de limpeza e outros). Qual o programa do candidato, além do Plano de Carreira, para valorização tanto do magistério público quantos para os outros profissionais que trabalham na Educação? Isso é de extrema urgência a ser tratado. Haja vista, por exemplo, as greves e manifestações ocorridas em 2015 realizadas por professores em São Paulo, Paraná, Goiás.
Saber o orçamento destinado a educação do município é interessante, pois a partir disso fica mais difícil ser enganado por candidatos/as que gostam de prometer mundos e fundos.
Outro ponto que também pode ser considerado é o tipo de relação que os/as candidatos/as tem nas Assembleias Legislativas dos Estados, no Congresso Nacional e no MEC, o que pode trazer ou dificultar emendas parlamentares e ministeriais para o município no que se refere a Educação.
Não podemos esquecer, obviamente, de verificar a ficha dos/as candidatos/as, ou seja, se é ficha suja ou limpa.
As eleições este ano terão algumas mudanças e será dia 02 de Outubro.
Veja abaixo um infográfico do blog http://karinadacol.blogspot.com.br/ para ver como funciona a eleição e as funções de cada um dos cargos a ser disputado. E para saber mais sobre a eleição deste ano você pode acessar o site do TSE.

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