Segundo o Sindi-UTE (sindicato que representa a categoria), cerca de 250 professores dormiram nas dependências externas da Casa. No momento, diz o sindicato, há cerca de 500 grevistas no local. Para a Assembleia, são cerca de 300 pessoas.
O objetivo da vigília, segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora do sindicato, é sensibilizar os deputados para que não votem a proposta feita pelo governo, da qual o sindicato discorda.
Em assembleia realizada ontem, os grevistas decidiram continuar a greve por tempo indeterminado. A paralisação foi considerada "abusiva" pelo Tribunal de Justiça de MG, em decisão liminar, mas o sindicato recorreu. Confira a nota de esclarecimento do sindicato a respeito da decisão do TJMG.
Greve de fome
Dois professores da rede estadual de educação protestam desde o final da tarde de segunda-feira (19) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Os educadores Abdon Geraldo Guimarães e Marilda de Abreu Araújo afirmaram que estão em greve de fome por tempo indeterminado e só pretendem sair do local quando as negociações salariais entre o governo e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) forem retomadas.
"O nosso propósito é que o governo se sensibilize e abra negociação com o sindicato, porque o que ele está oferecendo não atende a categoria, e também em solidariedade aos companheiros que estão desde o dia 8 em greve. Alguns estão até sem alimento em casa. Nós vamos ficar até o dia que o governo fizer abertura (das negociações), ou que a greve chegue ao fim", disse Marilda, que é diretora do Sind-UTE e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Pauta
A reivindicação inicial era o pagamento do piso salarial nacional, de R$ 1.187, para jornadas semanais de 24 horas. A lei federal que instituiu o piso nacional dos professores, no entanto, prevê esse valor para jornadas de 40 horas.
Agora os professores já admitem a redução do valor de forma proporcional, possibilidade reconhecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que referendou a lei.
Após quase três meses de greve, o governo do Estado propôs o valor proporcional: R$ 712 além de gratificações. Os professores, contudo, recusaram a oferta porque o vencimento básico não distingue os professores segundo a escolaridade (nível médio ou superior).
O STF reconheceu que o piso salarial da categoria deve ser o vencimento básico, sem as gratificações. Os grevistas admitem receber os R$ 712, desde que o valor seja elevado para os professores com nível superior – possibilidade descartada pelo governo.
Como alternativa, o governo oferece o que chama de "subsídio" – soma do vencimento básico com gratificações – previsto em lei estadual. A adesão é opcional. Para 24 horas semanais, o subsídio vai de R$ 1.122 a R$ 1.932, a depender da escolaridade.
Na segunda-feira, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação (SEE), 11.357 profissionais da educação permaneciam fora das salas de aula. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), 50% dos profissionais estavam parados nessa segunda (19).
Da Redação, com Folha e Terra
O objetivo da vigília, segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora do sindicato, é sensibilizar os deputados para que não votem a proposta feita pelo governo, da qual o sindicato discorda.
Em assembleia realizada ontem, os grevistas decidiram continuar a greve por tempo indeterminado. A paralisação foi considerada "abusiva" pelo Tribunal de Justiça de MG, em decisão liminar, mas o sindicato recorreu. Confira a nota de esclarecimento do sindicato a respeito da decisão do TJMG.
Greve de fome
Dois professores da rede estadual de educação protestam desde o final da tarde de segunda-feira (19) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Os educadores Abdon Geraldo Guimarães e Marilda de Abreu Araújo afirmaram que estão em greve de fome por tempo indeterminado e só pretendem sair do local quando as negociações salariais entre o governo e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) forem retomadas.
"O nosso propósito é que o governo se sensibilize e abra negociação com o sindicato, porque o que ele está oferecendo não atende a categoria, e também em solidariedade aos companheiros que estão desde o dia 8 em greve. Alguns estão até sem alimento em casa. Nós vamos ficar até o dia que o governo fizer abertura (das negociações), ou que a greve chegue ao fim", disse Marilda, que é diretora do Sind-UTE e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Pauta
Foto: SindUte-MG |
Assembleia de professores realizada nessa terça-feira (20) decidiu pela manutenção da greve. |
Agora os professores já admitem a redução do valor de forma proporcional, possibilidade reconhecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que referendou a lei.
Após quase três meses de greve, o governo do Estado propôs o valor proporcional: R$ 712 além de gratificações. Os professores, contudo, recusaram a oferta porque o vencimento básico não distingue os professores segundo a escolaridade (nível médio ou superior).
O STF reconheceu que o piso salarial da categoria deve ser o vencimento básico, sem as gratificações. Os grevistas admitem receber os R$ 712, desde que o valor seja elevado para os professores com nível superior – possibilidade descartada pelo governo.
Como alternativa, o governo oferece o que chama de "subsídio" – soma do vencimento básico com gratificações – previsto em lei estadual. A adesão é opcional. Para 24 horas semanais, o subsídio vai de R$ 1.122 a R$ 1.932, a depender da escolaridade.
Na segunda-feira, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação (SEE), 11.357 profissionais da educação permaneciam fora das salas de aula. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), 50% dos profissionais estavam parados nessa segunda (19).
Da Redação, com Folha e Terra