sexta-feira, 20 de julho de 2012

Audiência debate o uso de remédios contra dificuldade de aprendizagem

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza hoje audiência pública para discutir a aplicação de concepções organicistas sobre distúrbios e transtornos no campo da educação.
O organicismo é uma doutrina que tende a atribuir causas orgânicas/biológicas às dificuldades de aprendizado. Como consequência, os transtornos são tratados com medicamentos (alguns de tarja preta), em vez do tratamento psicopedagógico.
O debate foi proposto pelos deputados Domingos Dutra (PT-MA) e Erika Kokay (PT-DF), a pedido do Conselho Federal de Psicologia e do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.
“Essas entidades demonstram preocupação com o avanço, desde o ano 2000, das explicações organicistas centradas em distúrbios e transtornos no campo da educação para explicar dificuldades de crianças na escolarização”, disse Erika Kokay.
“A criança com dificuldades em leitura e escrita é diagnosticada, procuram-se as causas, apresenta-se o diagnóstico e em seguida a medicação ou o acompanhamento terapêutico. O resultado é uma espécie de patologização da criança que não aprende ou não se comporta na escola”, exemplificou.
Foram convidados:
- a representante da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) Roseli Fernandes Caldas; 
- a integrante do Conselho Federal de Psicologia Marilene Proença;
- a professora do Departamento de Pediatria da Unicamp Maria Aparecida Moisés;
- o consultor da Saúde da Criança do Ministério da Saúde Ricardo César Carafa.

A reunião será realizada às 14 horas, no Plenário 9.

Para dirigente, Lei de Responsabilidade Educacional sobrecarrega municípios

A secretária de Comunicação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Márcia Carvalho, criticou há pouco a possível sanção dos gestores públicos pelo baixo desempenho dos estudantes. A medida está prevista no PL 7420/06, que estabelece a Lei de Responsabilidade Educacional, e em outros apensados.
“Hoje, a grande dificuldade é a garantia de condições para que as responsabilidades sejam efetivamente cumpridas. Alguns gestores municipais, por exemplo, não têm verbas suficientes para cumprir metas, como é o caso da expansão da educação infantil. O projeto sobrecarrega o ente mais frágil, que é o município, sem que haja o devido financiamento”, reclamou.
A secretária também alertou que muitos secretários municipais de Educação não são responsáveis pelo orçamento da área. “Em muitas cidades, a ordenação de despesa fica a cargo das secretarias de Finanças ou Fazenda, por exemplo. Não cabe penalizar o gestor da educação por algo que não está sob seu controle”, declarou.
Márcia Carvalho participa de audiência pública da comissão especial que analisa a Lei de Responsabilidade Educacional. O debate prossegue no Plenário 14. 
Agência da Câmara de noticias

Rafael Correa promove reformas no sistema de educação

Rafael Correa promove reformas no sistema de educação


O presidente Rafael Correa proclamou a necessidade de reformar a infraestrutura educativa pública no país para melhorar a qualidade da educação.


Durante a assinatura do convênio com a organização sem fins de avanço Educacional Testing Service (ETS) para avaliar aos professores de inglês do país, Correa explicou que de acordo com o Ministério de Educação existem muitas escolas que tem somente um professor e poucos alunos. 

"Não faz sentido esta dispersão de infraestrutura educativa que custa tanto a nível de qualidade", disse anunciando que se prepara um plano neste sentido e uma forte restruturação.

Anunciou que cerca de cinco mil professores de inglês, a partir de 28 de julho próximo, farão uma avaliação que permita conhecer seu real conhecimento do idioma, mediante o exame TOEFL.

Correa afirmou que é hora de acabar com os enganos sociais que por anos têm existido no país, entre eles, a suposta existência de ensino do idioma inglês no sistema educativo fiscal.

Indicou que avaliações preliminares demonstram que dos cinco mil professores, só 10% sabem falar inglês corretamente e isso explica porque ao terminar o bacharealdo os equatorianos têm dificuldades com o idioma para estudar no exterior.

Fonte: Prensa Latina