terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Imprensa alternativa “passa o chapéu” para sobreviver

O sucesso do livro “Privataria Tucana” é um bom exemplo de como a imprensa encobre os assuntos que não dizem respeito a seus interesses políticos e econômicos. O livro não entrou nem nos editoriais nem na lista dos mais vendidos da Veja ou O Globo, só para dar dois exemplos.

Por Christiane Marcondes*


redação do Democracy Now
redação do Democracy Now
Na verdade, ele foi varrido do mapa da imprensa hegemônica. Até o limite do possível, claro, até o ponto em que essa “pedra no sapato” incomodou tanto que teve de ser retirada e exposta à demanda e curiosidade pública.

O ano de 2011 foi significativo na quantidade de episódios omitidos pela imprensa. Talvez por ter sido um ano de manifestações espontâneas, de massa, pelas mais diversas causas e em variados e distantes locais do mundo. 

A mobilização não cabia no enquadramento tradicional da mídia conservadora, por isso ficou fora das lentes do seu noticiário. Mas não distante do conhecimento do leitor, graças à atuação energizada da chamada mídia livre, fosse digital, eletrônica ou impressa.

“Ocupar Wall Street” foi um ato que dividiu épocas nesses 12 meses que terminam no próximo dia 31. Amplamente coberto por emissoras de televisão alternativas, as imagens correram o mundo e mostraram a dimensão do movimento, que foi exportado para outras regiões dos Estados Unidos e para outros países. Fez mais: deu luz a outras expressões populares, como a marcha dos indignados na Europa.

“Ocupar” virou um comando de guerrilha, usado para dar visibilidade à causa, para congregar mais manifestantes, para tomar conta de um lugar que, legitimamente, é do cidadão, “o espaço público”.

Wall Street foi abalada pelas reivindicações e atos populares, simbolicamente, o coração econômico do mundo precisou, no mínimo, de uma ponte de safena para recuperar parte da saúde. Até hoje combalida e sem previsão de alta “médica”.

O acesso às informações livres e críticas, no entanto, também entrou em crise, porque toda produção de conteúdo exige recursos financeiros que a banquem. E esses recursos, seguramente, estão nas mãos daqueles que são alvo das críticas da imprensa alternativa.

Se você navegar na rede em busca de portais de notícias que contemplam a verdade ou, pelo menos, se pautam por correntes da esquerda, vai ser recebido logo à entrada de alguns deles com uma mensagem como a abaixo, no Democracy Now:

“Você pode ter certeza de que a nossa cobertura não é paga pelos fabricantes de armas, pelas grandes indústrias farmacêuticas ou as companhias de petróleo, gás e carvão. Precisamos da sua ajuda hoje. Nós só podemos fazer isso (cobrir eventos no mundo inteiro) com a sua ajuda. A sua contribuição de impostos para Democracy Now! hoje é um investimento em jornalismo investigativo verdadeiro”

Na página inicial do WikiLeaks, há mais do que um pedido, há denúncia:

“Fomos forçados a temporariamente parar de publicar documentos enquanto garantimos nossa sobrevivência financeira. Não podemos permitir que corporações financeiras americanas decidam como todo o mundo deve usar seu dinheiro para votar através de doações. Nossas batalhas são caras. E nós precisamos do seu apoio para vencer essa guerra. Doe agora para o WikiLeaks.”

A boa notícia é que o Brasil está atento a essa necessidade e acaba de chegar à pauta do Congresso a proposta de financiamento de mídias alternativas.

Na véspera das férias parlamentares, comissão cria grupo de deputados para discutir formas de sustentação financeira de rádios comunitárias, blogs e portais na internet. Iniciativa é de deputada do PCdoB, Luciana Santos (PE), partido que sofreu com denúncias de desvio ético disparadas pela imprensa tradicional. Denúncias indevidas que já foram desmentidas, importante informar. 

*da redação do Vermelho

Novas regras para financiamento estudantil garantem transferência

Atenção estudante do Ensino Superior. Se você fez empréstimo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), a partir de 14 de janeiro de 2010, e pretende mudar de curso ou faculdade poderá requerer a transferência. As novas regras foram publicadas ontem (26) no Diário Oficial da União.



As novas medidas preveem o desligamento do estudante de um curso ou uma instituição de ensino, que queira se vincular a outra, deve fazê-lo em junho ou dezembro do semestre cursado ou suspenso. A transferência de curso é feita dentro de uma mesma instituição de ensino. Já a transferência de instituição ocorre com ou sem alteração do curso financiado.

Desde o último dia 23, estudantes que recorrerem ao Fies estão dispensados de pagar a taxa de matrícula na faculdade. Até então, os alunos tinham que, primeiro, pagar a matrícula na instituição de ensino para, depois, se inscrever no programa e receber o ressarcimento dos valores pagos.

Com a mudança, o aluno pode se inscrever no SisFies antes de concluir o processo de matrícula. As taxas serão custeadas pelo programa e os valores, incluídos no financiamento. Pela decisão, as instituições de ensino estão proibidas de cobrar a taxa ou mensalidade do estudante beneficiado pelo Fies. Os valores só poderão ser cobrados se o contrato de financiamento não for formalizado com garantia de isenção de juros.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MEC disponibiliza mais de 100 mil vagas em universidades públicas



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Está disponível a partir desta segunda-feira (26) as 108 mil vagas que serão oferecidas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), aos estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Nele, eles podem saber onde estão as vagas disponíveis para o primeiro semestre de 2012.

Para o próximo ano, as vagas estão distribuídas em 3.327 cursos de 95 Instituições de Ensino Superior (IES) - públicas. São 42 universidades federais, 13 instituições estaduais e 39 institutos federais de educação profissional, além da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, administrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Grande parte delas se concentra no Nordeste e Sudeste, que oferecem 34,66% e 33,09% das vagas, respectivamente. Menos de 5% das vagas estão no Norte; 12,88%, no Centro-Oeste e 14,5%, no Sul.

Já os estados com maior número de instituições são Minas Gerais e Rio de Janeiro. São 15 unidades em cada um. Nenhuma instituição do Distrito Federal aderiu a esta edição do Sisu.
Como concorrer?
Os estudantes interessados em concorrer às vagas deverão acessar o Sisu a partir das 0h do dia 7 de janeiro de 2012 até o dia 12 do mesmo mês. No sistema, o candidato deve escolher duas opções de curso, indicando a sua prioridade. Diariamente, o sistema divulga a nota de corte preliminar de cada curso com base na nota do Enem dos candidatos que pleiteiam as vagas. Durante esse período, o participante pode alterar essas opções se achar que tem mais chances de ser aprovado em outro curso ou instituição.
O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 15 de janeiro e a segunda no dia 26 do mesmo mês. Após as duas etapas, caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera que será disponibilizadas para as instituições de ensino preencherem as vagas remanescentes. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1° de fevereiro.
A ferramenta foi criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2009 para unificar o processo de seleção de universidades públicas e permite ao estudante tentar entrar em diferentes instituições a partir da nota obtida no Enem.
Confira as vagas por instituição, curso e turno disponíveis no Sisu de 2012 aqui
Confira o cronograma do Sisu de 2012 aqui
Abra aqui a página do Sisu
Veja a oferta de vagas no Sisu por estado:
Acre– 240 vagas
Alagoas– 5.805 vagas
Amazonas– 2.722 vagas
Amapá– 160 vagas
Bahia– 5.298 vagas
Ceará– 6.158 vagas
Espírito Santo– 850 vagas
Goiás – 1.561 vagas
Maranhão– 3.238 vagas
Minas Gerais– 11.873 vagas
Mato Grosso do Sul– 6.815 vagas
Mato Grosso– 5.609 vagas
Pará– 995 vagas
Paraíba– 3.699 vagas
Pernambuco– 4.564 vagas
Piauí – 7.049 vagas
Paraná– 4.399 vagas
Rio de Janeiro– 14.137 vagas
Rio Grande do Norte– 1.687 vagas
Rondônia– 16 vagas
Roraima– 419 vagas
Rio Grande do Sul – 1.070 vagas
Santa Catarina– 650 vagas
Sergipe – 145 vagas
São Paulo – 9.064 vagas
Tocantins– 701 vagas
Fonte: Vermelho com Agência Brasil

Após 6 meses de protestos, termina a ocupação da Universidade do Chile

Com o término da ocupação do prédio central da Universidade do Chile, os estudantes de ensino superior encerraram nesta quarta-feira (21) mais de seis meses de mobilizações que exigiam educação pública, gratuita e de qualidade. Os estudantes secundaristas fizeram o mesmo, após desocuparem nesta quarta o emblemático Instituto Nacional, que abrigava 3 mil alunos. Os dois edifícios ficam a duas quadras do Palácio de La Moneda, sede do governo chileno.
Dessa forma, os dirigentes estudantis desconvocaram uma mobilização que estava agendada para esta quinta-feira. A desocupação da Universidade do Chile por parte de cerca de 150 estudantes não esteve isenta de tensão. A FECH (Federação de Estudantes da Universidade do Chile) tinha se comprometido a devolver o prédio nesta quarta-feira.
Enquanto os jovens deixavam o local, dois funcionários de limpeza pública chegaram cedo para limpar e pintar a fachada do edifício. Em menos de duas horas, os muros ficaram limpos das palavras de ordem pichadas.
Além disso, com a ajuda dos estudantes, os funcionários de limpeza tiraram um extenso cartaz preto que estava pendurado na fachada e tiraram o capuz que, durante os protestos, cobria o rosto da estátua do filósofo venezuelano Andrés Bello, um dos inspiradores e criadores da Universidade do Chile, em 1842. A poucos metros dali, o prefeito de Santiago, Pablo Zalaquett, e o reitor da universidade, Jorge Toro, receberam dos estudantes a devolução do prédio do Instituto Nacional.
As mobilizações começaram em meados de maio para exigir que o governo central voltasse a administrar a educação primária e secundária, que proibisse o lucro de instituições educacionais privadas e que se garantisse na Constituição o direito a uma educação pública e de qualidade.
No entanto, o atual presidente da FECH, Gabriel Boric, assinalou na segunda-feira passada que, no ano que vem, os estudantes retomarão as mobilizações estudantis. Segundo ele, é preciso enfrentar o governo intransigente, "que não está disposto a mudar sua visão de educação".
Com informações da EFE

sábado, 24 de dezembro de 2011

#CPIdaPRIVATARIASIM

Apóie essa ideia!

Presidente do CNPq recebe ANPG

Na última terça-feira (20/12), a presidente e diretores da ANPG se reuniram com o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, para debater pautas fundamentais à pós-graduação brasileira: direitos dos pós-graduandos (incluindo o necessário reajuste das bolsas e a questão do vínculo empregatício), o Programa Ciência Sem Fronteiras e o próximo congresso nacional dos pós-graduandos (CNPG).
Reajuste das bolsas
A presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, iniciou a reunião apresentando ao professor Glaucius Oliva um apanhado de notícias e informações sobre a Campanha Nacional pelo Reajuste de Bolsas Já, realizada ao longo do ano. O prsidente do CNPq respondeu que também considera necessário o reajuste das bolsas e relatou que chegou a enviar uma proposta de aumentod o orçamento exatamente para isto, mas a demanda não foi atendida. Para Gláucius, os pós-graduandos devem seguir pressionando.  
De acordo com as últimas ações e apoios recebidos, a ANPG pretende organizar uma audiência pública convocada ppelas comissões que tratam de Educação e de Ciência e Tecnologia na Câmara dos Deputados (CEC e CCTCI) para pautar a questão.
Ao tratar a questão das bolsas, Elisangela pautou também a importância da manutenção da taxa de bancada do CNPq, fundamental enquanto apoio á participação de bolsistas em eventos científicos e também para garantir suporte para a compra de livros e/ou insumos para as pesquisas. Tal questão foi apresentada porque o fato da bolsa da Capes não ter taxa de bancada gera uma diferença entre os dois benefícios. Para os pós-graduandos, a melhor forma de garantir a isonomia entre as bolsas, é a Capes passar a oferecer a taxa de bancada.
Portaria sobre bolsas e vínculo empregatício
Outro tema ensejado pelo debate sobre as bolsas de pesquisa foi a comissão criada pela Capes e pelo CNPq para debater a Portaria Conjunta nº 1 de 2010, que permite o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício. A ANPG foi convocada a compor tal comissão e perguntou ao presidente do CNPq sobre o seu funcionamento. A informação dada pelo presidente é que tal comissão tem até o dia 16 de janeiro para dar um parecer sobre o tema. Os e-mails e telefonemas que a ANPG recebeu relatando os problemas ocorridos pelo país neste ano prepararm a entidade para debater com propriedade o assunto, mas desde já a ANPG busca se munir de ainda mais ifnormações e aguarda convocação para reunião desta comissão.
Ciência Sem Fronteiras
Um tema que tem sido tratado como "menina dos olhos" do governo federal em termos de educação e pesquisa é o programa Ciência Sem Fronteiras, cuja regulamentação foi divulgada na semana anterior pela presidente Dilma e pelos ministros Fernando Haddad (Educação) e Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação) no Palácio do Planalto. Pela relevância do programa, a ANPg fez questão de entregar um documento com a sua opinião à presidente Dilma Rousseff durante audiência realizada com a presdienta após a passeata do dia 31 de agosto e nesta terça (20) o documento foi entregue também ao presidente do CNPq. As opiniões, que foram aprovadas pelas APGs presentes ao 38º Conselho Nacional de APGs (Conap), realizado no mês de agosto em Pernambuco.
CD do CNPq e Congresso da ANPG
A participação da ANPG no CD do CNPq também foi pautada e o presidente da instituição comprometeu-se a apoiar tal pleito na próxima reunião do conselho, que deve ocorrer em março de 2012.
O último ponto apresentado na reunião foi a realização do 23º Congresso Nacional de Pós-Graduanbdos (CNPG), em abril de 2012. O presidente do CNPq disse que a instituição está disposta a apoiar no que for possível a realização do congresso. A presidente da ANPG e a diretora da entidade Luana Bonone insistiram que o Congresso deve ser um espaço de comemoração do reajuste de bolsas, que já deverá ter ocorrido até lá.
A reunião, portanto, foi bastante produtiva e a ANPG foi firme ao apresentar a principal pauta dos pós-graudandos: o reajuste imediato das bolsas de mestrado e doutorado. A ANPG continua firme e convoca as APGs e pós-graudandos de todo o país a permanecerem mobilizados na luta pela valorização do pesquisador brasileiro!
De Brasília, ANPG

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

CNTE aguarda correção do piso para 2012

Após algumas semanas de intensas reuniões com parlamentares, lideranças do Congresso e ministros ligados à Presidência da República, a CNTE conseguiu obstruir a tramitação do projeto de lei, aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, que visava "congelar" o valor de compra do piso do magistério. Assim, para 2012, a atualização do PSPN continua vinculada ao custo aluno do Fundeb que, segundo parecer da Advocacia Geral da União, seguido pelo MEC nos dois últimos anos, ficará em torno de 22%.
A contraditória e lamentável decisão da CFT/Câmara, tomada sob pressão de governadores e prefeitos, frustrava totalmente os desígnios de valorização do magistério, sobretudo da meta 17 do Plano Nacional de Educação. E isso corroborou a aceitação, por parte da presidência da Câmara dos Deputados, do recurso da deputada Fátima Bezerra (PT-RN) solicitando a revisão da votação da CFT. O mesmo, por sua vez, só poderá ser apreciado no próximo ano.
Mesmo com a vitória parcial, a CNTE aguarda, até o final deste ano, a divulgação do novo valor do piso nacional do magistério, que servirá de referência mínima para os vencimentos iniciais das carreiras dos profissionais com formação de nível médio. Para a formação de nível superior, a Confederação recomenda a aplicação de 50% sobre a remuneração concedida ao nível médio, nas carreiras de magistério.
Durante as negociações com o Governo Federal e as lideranças no Congresso, ficou decidida ainda a instalação de mesa de negociação para debater a implantação do piso e da carreira nos estados e municípios, com representações de governadores, prefeitos, MEC e trabalhadores da educação. Esse espaço deverá servir também para dirimir as dúvidas sobre a correta forma de aplicação dos recursos educacionais e, acima de tudo, convencer os gestores de que só haverá educação de qualidade com profissionais valorizados.

Universidades públicas do país se destacam em rankings mundiais

As universidades públicas brasileiras foram destaque em 2011. O mais importantes ranking de instituições de educação superior, divulgado em outubro, selecionou duas brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP), em 178º lugar, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre o número 276 e o 300. O Times Higher Education seleciona as 400 melhores do mundo. No ano passado, a lista tinha 200 universidades e nenhuma brasileira.


Este ranking é elaborado pelo diário The Times, que utilizada dados da Thomson Reuters, a partir de 13 indicadores de desempenho da universidade, do ensino à pesquisa.

Para a doutora em educação e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Helena Sporleder Côrtes, ultrapassar as universidades americanas, como Harvard e Stanford, e as britânicas Cambridge e Oxford, que se intercalam no topo das listas, é praticamente "impensável". No entanto, ela afirma que as instituições brasileiras "caminham aceleradamente para melhorar".

O ranking do britânico Financial Times colocou, em maio, uma escola de negócios brasileira entre as melhores do mundo, à frente de instituições renomadas, como o americano Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Fundação Dom Cabral figura em 5º lugar na lista. O fato da Fundação Dom Cabral chegar a uma posição tão alta no ranking faz parte de uma tendência geral na América Latina, segundo o jornal britânico.

Divulgado em julho, o ranking Webometrics Ranking Web of World Universities avalia a visibilidade na internet das instituições de ensino superior. Na última publicação, a USP foi a instituição brasileira mais bem colocada, conquistando a 43ª posição, e liderando também na América Latina.

Na China, o Ranking Acadêmico de Universidades Mundiais (ARWU, na sigla em inglês) faz uma classificação das instituições de ensino superior mais "recomendadas" para se estudar fora do país. Publicada anualmente pela Universidade de Jiao Tong desde 2003, a classificação usa seis indicadores para avaliar as instituições, entre eles o número de professores Nobel e outros prêmios em ciências e economia, menções a seus pesqs e alunos que ganharam prêmiouisadores e artigos publicados em jornais científicos.

Já a última edição, divulgada em agosto, coloca a USP entre as 150 melhores do mundo. Na lista também estão Unicamp, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A USP e a Unicamp aparecem novamente entre as 300 melhores, segundo o ranking inglês QS, divulgado em setembro, publicado anualmente desde 2004, em 169º e 235, respectivamente. É levado em conta o desempenho acadêmico nas áreas de artes e humanidades, ciências naturais, engenharia e tecnologia da informação, ciências sociais e ciências da vida. Dentre outros critérios, a lista é elaborada com base na opinião de acadêmicos de todo o mundo, de empregadores e no número de citações científicas das instituições.

Para Helena Sporleder Côrtes, as universidades públicas no Brasil estão se empenhando para chegar perto das melhores do mundo. "O aporte de investimento em pesquisa cresceu muito, também temos valorizado a internacionalização, com trabalhos conjuntos com universidades estrangeiras. A tendência é avançar para um patamar de qualidade expressivo, mas ultrapassar as melhores é impensável", afirma. O problema está no "atraso histórico do ensino superior no Brasil".

Com Terra

2011, o ano da mídia golpista, 2012, o ano da privataria

2011, o ano da mídia golpista, 2012, o ano da privataria


A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas. 

Por Maria Inês Nassif*


Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. 

Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágica, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.

O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidente que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidente – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo. 

Sorte ou arte, o distanciamento de Dilma das denúncias contra os seus ministros, o fato de não segurar ninguém e, especialmente, seu estilo de manter o pé no acelerador das políticas públicas independentemente se o ministro da pasta é o candidato a ser derrubado pela imprensa, não a contaminaram com os malfeitos atribuídos a subalternos. Prova é a popularidade registrada no último mês do ano.

Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro Cabeças de Planilha, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o Privataria virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo.

Privataria tem muito a ver com a conjuntura e com o esporte preferido da imprensa este ano, o “ministro no alvo”. Até a edição do livro, a imprensa mantinha o seu poder de agendamento e derrubava ministros por quilo; Dilma fingia indiferença e dava a cabeça do escolhido. A grande mídia exultou de poder: depois de derrubar um presidente, nos anos 1990, passou a definir gabinetes, em 2011, sem ter sido eleito e sem participar do governo de coalizão da mandatária do país. A ideologia conservadora segundo a qual a política é intrinsecamente suja, e a democracia uma obra de ignorantes, resolveu o fato de que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizimou a oposição institucional, em 2010, e a criação do PSD jogou as cinzas fora, terceirizando a política: a mídia assumiu, sem constrangimentos, o papel de partido político. No ano de 2011, a única oposição do país foi a mídia tradicional. As pequenas legendas de esquerda sequer fizeram barulho, por falta de condições, inclusive internas (parece que o PSOL levou do PT apenas uma vocação atávica para dissidências internas; e o PT, ao institucionalizar-se, livrou-se um pouco dela – aliás, nem tanto, vide o último capítulo do livro do Amaury Ribeiro Jr.).

Quando a presidente Dilma Rousseff começar a escolher seus novos ministros, e se fizer isso logo, a grande mídia ainda estará sob o impacto do contrangimento. Dilma ganhou, sem imaginar, um presente de Papai Noel. A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.

Isso não chega a ser uma crise que a democracia não tenha condições de lidar. Na CPI dos Anões do Orçamento, que atingiu o Congresso, os partidos viveram intensamente a crise e, até por instinto de sobrevivência, cortaram na própria carne (em alguns casos, com a ajuda da imprensa, jogaram fora a água da bacia com alguns inocentes junto). A CPI pode ser uma boa chance de o Brasil fazer um acerto com a história de suas elites. 

E, mais do que isso, um debate sério, de fato, sobre um sistema político que mantém no poder elites decadentes e é facilmente capturado por interesses privados. Pode dar uma boa mão para o debate sobre a transparência do Estado e sobre uma verdadeira separação da política e do poder econômico. 2012 pode ser bom para a reforma política, apesar de ter eleições municipais. Pode ser o ano em que o Brasil começará a discutir a corrupção do seu sistema político como gente grande. Cansou essa brincadeira de o tema da corrupção ser usado apenas como slogan eleitoral. O Brasil já está maduro para discutir e resolver esse sério problema estrutural da vida política brasileira.

(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo/Título alterado pelo Vermelho
Fonte: Carta Maior

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Protógenes jogou a bomba do Riocentro

Não adianta falar grosso com o Lupi e fino com o...
A Privataria  Tucana, a Opera Magna do “brilhante” Daniel Dantas,  é a mãe de todos os malfeitos.
A consultoria  do  Palocci, as ONGs do Orlando, o duplo-emprego do Lupi -  isso tudo é brincadeira de criança diante da maior roubalheira numa privatização latino-americana.
A obra do Amaury e seu sucedâneo político, a CPI da Privataria , são a bomba do Riocentro lancada ao colo do Governo.
Se o Governo escala o coronel Job Sant’Ana para desarmar a bomba, babau.
O Merval faz melhor.
A bomba do Riocentro explodiu a farsa da abertura segundo o figurino dos militares.
O Figueiredo prendia, abria e arrebentava e se acumpliciava aos terroristas do Riocentro, aqueles que queriam  explodir  o Chico Buarque com tudo dentro.
O Marco Maia não é o Marco Maia.
Marco Maia é o Governo Lula/Dilma.
Se a CPI do FHC/Dantas/Cerra – é disso que se trata – não sair, babau.
Todos os malfeitos prosperarão – mesmo os dos” pés de chinelo “, para usar expressão da comunidade que o delegado Itagiba frequentava.
Não adianta falar grosso com o Lupi e fininho com o Dantas.
Paulo Henrique Amorim

Quem assinou a CPI da Privataria.
Seu deputado assinou ?



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MEC divulga notas do Enem 2011

O Ministério da Educação divulgou, nesta quarta-feira (21), o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Segundo a assessoria de imprensa do MEC, as notas já podem ser consultadas no site do Enem. Para consultar o resultado, o candidato precisa inserir seu CPF e a senha cadastrada no sistema.A previsão inicial era de que o resultado sairia apenas na primeira semana de janeiro. Porém, o MEC decidiu antecipar a divulgação das notas para esta semana.
Calendário do SiSU 2012
21/12/2011Consulta individual do resultado do Enem 2011
26/12/2011Divulgação das vagas do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) apenas para consulta
07/01/2012Início das inscrições pelo SiSU (à 0h)
12/01/2012Fim das inscrições pelo SiSU (até meia-noite)
15/01/2012Primeira chamada
19 a 23/01/2012Matrícula dos candidatos aprovados na primeira chamada
26/01/2012Segunda chamada
30 e 31/01/2012Matrícula da segunda chamada
26/01 a 01/02/2012Inscrição na lista de espera dos candidatos que não foram chamados
04/02/2012Publicação da lista de espera
02/03/2012Fim do prazo de disponibilidade de vagas no SiSU
Os candidatos poderão usar o resultado do Enem 2011 para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em 2012. De acordo com o ministério, o sistema será divulgado na próxima segunda-feira (26) apenas para consulta, e as inscrições terão início à zero hora do dia 7 de janeiro.
No total, segundo o MEC, 95 instituições de ensino superior de 26 estados brasileiros (com exceção do Distrito Federal), por meio do sistema, oferecerão 108.552 vagas em 3.327 cursos . O ministério afirmou que o número de vagas é 30% maior que na seleção realizada em 2011.
Seleção
Na edição de 2012, o SiSU ficará no ar 24 horas por dia, entre 7 e 12 de janeiro, para receber as inscrições dos candidatos. A primeira chamada será divulgada no dia 15 de janeiro, e os candidatos aprovados terão entre 19 e 23 de janeiro para efetuar sua matrícula.

Segundo o MEC, "o candidato aprovado na primeira opção de curso será automaticamente retirado do sistema. Caso não faça a matrícula na instituição para a qual foi selecionado, perderá a vaga".
No dia 26, o SiSU divulgará a segunda chamada, com matrículas entre 30 e 31 de janeiro.
Entre 26 e de janeiro e 1º de fevereiro, quem não passou na primeira e na segunda chamada pode se inscrever na lista de espera, que será divulgada em 4 de fevereiro. A partir daí, a seleção será feita gradativamente até o dia 2 de março de 2012.
FONTE:G1

Vitória parcial dos ‘doidos’ e ‘sujos’: CPI da Privataria Tucana

 Folha levou uma semana para falar no livro de Amaury. Talvez esperasse as orientações do "comitê central”. As orientações parecem ter chegado sem muita clareza. O jornal da família Frias, num texto opaco que nenhum jornalista teve coragem de assinar, levanta suspeita não contra Serra e sua turma de especialistas em "off-shore”, mas contra o premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.


A Folha não se preocupou com a "ficha” do Bob Jefferson antes de noticiar o chamado "mensalão”. O que importava ali era a denúncia. Bob falou e a mídia correu para "provar” o roteiro que ele indicou (sem nenhuma prova, diga-se). Havia verdades na fala de Bob, mas também alguns exageros. O "mensalão” propriamente dito (que a Globo tentou transforma no "maior escândalo da história”) não existia no sentido de um pagamento mensal a deputados governistas. Mas havia, sim, um esquema subterrâneo, que o PT parece ter herdado dos tucanos de Minas.

Da mesma forma, a Folha não se preocupou em saber se o homem que denunciava o ministro Orlando Silva era ou não um bandido. Valiam as acusações, sem provas. O roteiro estava pronto. O ministro que provasse a inocência.

Com Amaury e A Privataria Tucana, há provas aos montes. Há documentos no livro. Mais de 100 páginas. E há o currículo de um repórter premiado. Mas a Folha faz o papel de advogada do diabo. Quem seria o "coiso ruim” que a Folha quer defender?

Outro dado curioso. Lula foi ao poder e jamais investigou as privatizações. Havia um acordo tácito (e tático) para não promover caça às bruxas. Na Argentina, no México, na Bolívia, a turma dos privatas foi demolida. Aqui no Brasil, eles dão consultoria e palestras. Coisas do Brasil. Feito a jabuticaba.

Dez anos depois, a história das privatizações ressurge, pelo esforço e a coragem de um jornalista que alguns consideram "doido”, por mexer com "gente tão poderosa”. Amaury tem aquele jeito afobado e o olhar injetado que só os sujeitos determinados costumam mostrar. Agora, querem desqualificá-lo. Covardia inútil.

Até porque um outro sujeito chamado de "doido”, o delegado e deputado federal Protógenes, botou o livro debaixo do braço e saiu coletando assinaturas para a CPI da Privataria. Na quinta-feira, dia 15, Protógenes anuncia ter atingido mais de 171 assinaturas.

A CPI da Privataria vem aí. Contra a vontade de Otavinho, Ali Kamel, Civita e dos colunistas histéricos que servem a essa gente. Meia dúzia de blogueiros sujos (obrigado, Serra) avisou o público: há um livro sobre as privatizações na praça. A brava CartaCapital –de Mino Carta, Sergio Lirio e Leandro Fortes– publicou 12 páginas sobre o livro. E os leitores nas redes sociais espalharam a notícia.

Verdade que setores da grande imprensa furaram o bloqueio: a notícia saiu na Record, Record News, Gazeta, Portal Terra… Mas e na Globo e na CBN que convocam "marchas contra a corrupção”? Silêncio dos cemitérios sicilianos.

Não importa. O barulho foi feito pelos blogs, pelas redes sociais e pelos poucos jornalistas que não se renderam ao esquemão do PIG. É uma turma que colegas mais bem estabelecidos costumam chamar de "gente doida da internet”.

Pois bem. A conexão dos "doidos” e "sujos” ganhou o primeiro round nesse episódio da privataria. Como já havia ganho no caso da bolinha de papel em 2010.

Vejam bem. Não foi o PT, nem a máquina petista (parte dela, aliás, sai mal do livro, por conta do acordo na CPI do Banestado e da guerra interna no comitê petista em 2010 narrada por Amaury) que fez barulho. Não. Foi a turma aqui da internet.

O Serra levou outra bolinha na testa. Essa deve ter doído de verdade. Serra chamou o livro de "lixo”. De fato, as operações narradas por Amaury cheiram mal. A privataria cheira mal. E o livro é pesado, recheado de documentos.

Será que Kamel convocará o perito Molina para provar que o livro não existe? O problema será convencer os leitores dos blogs e os quase 200 deputados que já assinaram o pedido da CPI. A primeira – em muitos anos – que pode vir sem ter sido precedida de campanha movida pela velha mídia.

Essa CPI, se vingar (e ainda há armadilhas no caminho), virá contra a velha mídia. Será a vitória dos sujos e doidos contra o bloco dos hipócritas.

De Rodrigo Vianna
Fonte: Adital