quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Programa Educacional de Fernando Haddad



CONSTRUIR 20 NOVOS CEUS
- Resgatar o projeto original dos CEUs com oferta de atividades culturais e esportivas para a comunidade

EDUCAÇÃO INFANTIL
- 150 mil novas vagas
- Universalizar as vagas para crianças de 4 a 5 anos
- Construir 172 creches pelo convênio com o MEC

EDUCAÇÃO INTEGRAL
- Implantar progressivamente a ampliação do horário escolar com a oferta de atividades culturais, esportivas, passeios a museus, parques, teatro etc
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VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
- Implantar 31 polos da Universidade Aberta do Brasil, uma em cada Subprefeitura
- Implantação de Política de Saúde para os profissionais da Educação

ENSINO TÉCNICO E SUPERIOR
- Parceria com o MEC na implantação da UNIFESP em Itaquera
- Parceria com o MEC na implantação do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) na Zona Norte

AMPLIAÇÃO DO TRANSPORTE ESCOLAR GRATUITO (VAI E VOLTA), INCLUINDO O APOIO AO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

EDUCAÇÃO ESPECIAL
- Nenhuma criança com deficiência fora da escola
- Revitalizar os Centros de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAIs)

INTERAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA
- Criar a função do professor comunitário

100 MIL BOLSAS DE ESTUDO DO PRONATEC



10% e 50%: Porque é tão dificil?

Por que é tão difícil aos deputados e deputadas; senadores e senadoras aprovarem 10% do PIB para Educação? Por que é tão difícil os mesmos e mesmas já citadas aprovarem 50% do Fundo social do Pré - Sal para Educação? Por que será que prefeitos e prefeitas, governadores e governadoras não cumprem a lei do Piso Nacional do Magistério? Qual a dificuldade em  discutir o financiamento para Educação? Sinceramente não entendo.
Educação tem que ser prioridade nas discussões sobre financiamento e isto envolve também esporte, cultura e ao contrário do que pensa José Serra, envolve o social também!
O dinheiro existe, está aí: nos estádios da copa, nas obras das Olimpíadas (sou totalmente a favor de serem realizados estes dois eventos), nas obras do PAC, nas obras do "Rouboanel" de SP... Entretanto e a vontade, onde está? O dinheiro existe: tem que tirar um poco mais de cada lugar e colocar mais na Educação.
Por que não aprovam o imposto sobre grandes fortunas e não injetam na Educação?
E não vou julgar as esferas de governo ou julgar governo de partido "A" ou "B", mas questionar os verdadeiros interesses e interessados do investimento inadequado ao processo educacional do País. Há deputados e deputadas, senadores e senadoras que estão realmente comprometidos com a transformação social do país, mas o que entrava é aquela velha turma tipo "Bolsanaro" que não consegue ver um futuro sem contradições sociais e que não consegue "largar o osso" ( o poder).
E esse fator nos complica, nos deixa em mal lençóis. Por que devido a esse complicador estratégias, táticas e artimanhas são elaboradas para manutenção do poder na mão do retrocesso politico, o caso da bolinha de papel de Serra em 2010, é um exemplo, fabuloso... desculpa um exemplo chulo mas que deixa claro o furor direitista, conservador e neoliberal é capaz de fazer para atingir o objetivo de retomada do poder na esfera federal para escraxar o movimento de mudança iniciado.
Entretanto, os movimentos organizados como UNE, UBES, APEOESP, CNTE, ANPG, CUT e tantos outros mobilizam - se pra conquistar os 10% e o 50% com manifestações, cartazes e diversas outras formas. Mas deu pra entender o porque é tão difícil?




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Piso Nacional do Magistério


Kassab esconde resultados de avaliação educacional de 2011


Os resultados da Prova São Paulo 2011, de alunos da rede municipal de educação paulistana, ainda não foram divulgados pela gestão Gilberto Kassab (PSD). De acordo com matéria publicada na Folha de S. Paulo desta quarta-feira (24), os dados devem apontar para uma queda acentuada nas médias dos alunos do terceiro e quarto anos do ensino fundamental em relação a 2010. O vice na chapa de Serra, Alexandre Schneider era o secretário municipal da Educação até abril deste ano.

Outro resultado que deve aparecer é uma melhora no nono. De acordo ainda com a matéria, os resultados foram considerados inesperados e um consultor externo foi chamado para ajudar a analisar a situação. Ele começou a trabalhar apenas no mês passado e entregará o relatório após as eleições municipais.

Além de não ser possível avaliar a tempo a administração de Kassab, que apoia o tucano José Serra, educadores apontam outro prejuízo: a dificuldade de moldar e monitorar as políticas na área, pois os dados disponíveis já estão defasados.

A Secretaria da Educação afirma que a variação nos resultados ocorreu devido a diferenças metodológicas aplicadas pelas empresas responsáveis pelo exame, escolhidas por licitação (Cespe em 2010 e Avalia em 2011).

A pasta diz que o problema foi no momento de definir a média da rede. E nega que a eleição tenha influenciado. No entanto, não houve qualquer explicação pública sobre o porquê do atraso e ela só foi dada após questionamento à secretaria da reportagem.

"Como não divulgam antes esse problema? Levanta suspeitas. É um desgaste para as avaliações externas", disse o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, que trabalhou na concepção da prova.

Aplicada aos alunos em novembro passado, a edição de 2011 da Prova São Paulo custou cerca de R$ 6 milhões.

O exame foi criado em 2007. Exceto a edição 2011, os resultados foram divulgados entre fevereiro e abril do ano seguinte à aplicação da prova.

"A avaliação já mostra situação passada. Se ainda atrasa, distancia o resultado da realidade", disse a diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Ela afirma que há sistemas educacionais, como o de Toronto (Canadá), que entregam os resultados nove semanas após a aplicação da prova.

Desde março, as escolas municipais tiveram acesso aos resultados individuais, pois não há suspeita de erro nessas notas. O problema é que uma das formas de analisar o desempenho delas é compará-lo com a média da rede -que está sob análise.

O que chamou a atenção da secretaria foi a queda de mais de 10 pontos em português e matemática dos alunos do terceiro e quarto anos (escala de 0 a 500). Eles eram os que mais vinham melhorando, de acordo com a administração pública. Já os do nono melhoraram entre 10 e 13 pontos. E eles vinham piorando até então.

Com Folha de S. Paulo

Mercadante cobra acolhimento para aprovados pela Lei de Cotas


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, cobrou nesta quarta-feira (24) de reitores de universidades federais a elaboração e adoção de políticas de acolhimento para estudantes selecionados por meio da nova Lei de Cotas. Entre as alternativas citadas por ele estão o reforço pedagógico e a atividade de tutoria.

Durante abertura da reunião plenária do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Mercadante se referiu à assistência estudantil para alunos beneficiados pelas cotas sociais como um desafio. Segundo ele, a pasta também estuda formas de complementação de renda por meio de bolsas de estudo. “Se não, não há como assegurar a permanência”, disse.

O ministro garantiu que o governo tem recebido apoio por parte dos reitores na implementação da Lei de Cotas. “Podemos fazer uma política que vai, sobretudo, valorizar o ensino médio”, disse. Ele lembrou que, em 1997, cerca de 0,5% dos 20% mais pobres do país tinham ensino superior enquanto o índice era de 22% entre os 20% mais ricos.

“Viemos de um passado de educação tardia. Nosso ensino superior é muito tardio e de difícil acesso para as camadas mais pobres”, disse. Atualmente, dados do MEC indicam que 4,2% dos 20% mais pobres frequentam ou frequentaram universidades. Entre os negros, o índice é 20% contra apenas 4% registrado em 1997. “No entanto, estamos longe de ter um certo equilíbrio”, completou.

A Lei de Cotas prevê que as universidades públicas federais e os institutos técnicos federais reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública, com distribuição proporcional das vagas entre negros, pardos e indígenas. A lei determina ainda que metade das vagas reservadas às cotas sociais – ou seja 25% do total da oferta – sejam preenchidas por alunos que venham de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita.

Fonte: Agência Brasil 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Maria Gadú - Oração ao Tempo


São Luís do Paraitinga comemora Dia do Saci em SP


Para contrapor o halloween, da cultura estadunidense, e combater a postura hegemônica cultural daquele país sobre os demais, foi instituído o Dia do Saci em diversos municípios e estados brasileiros. Na cidade e no estado de São Paulo a lei vigora desde 2004. Mas a primeira cidade a comemorar a data foi São Luís do Paraitinga, que prepara uma grande festa para este ano. O ministro do Esporte, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB), tem um projeto de lei que institui a data nacionalmente.
imagem SOSACI


Aldo apresentou o projeto numa tentativa de resistência à  invasão das bruxas no conceito dos países anglo-saxões que nada dizem sobre o nosso imaginário popular cultural. E a cada ano que passa é visível como nossas crianças estão cada vez mais suscetíveis e expostas a essa cultura não-brasileira. Por isso é tão importante o Dia do Saci no dia 31 de outubro.

Mas, o projeto foi arquivado em 31 de janeiro de 2007, quando houve a mudança de mandato e, de acordo com o regimento, a maior parte dos projetos segue para a gaveta.

Integrantes da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci), grupo criado em São Luiz do Paraitinga (SP) por apaixonados por sacis - que se declaram criadores e observadores de sacis - afirmam que reportagens sobre projetos de lei considerados exóticos pode ter causado o arquivamento.

A origem do Saci

O Saci-Pererê surgiu na região do Sul do Brasil e partes da Argentina, Paraguai e Uruguai, no território dos índios Guaranis, segundo a Sosaci. Não se sabe ao certo a data de seu nascimento, mas sabe-se que ele era um curumim, uma criança indígena, travesso, conhecedor e defensor da floresta. Além disso, ele tinha as duas pernas, diferente do que foi disseminado por décadas pelo país.

Os primeiros registros sobre o Saci são do século 17 e de lá pra cá sofreu várias modificações, muitas feitas pelos escravos negros brasileiros. O Saci que era indígena passou, então, a ser negro, perdeu uma perna e ganhou o costume de fumar um cachimbo. E ganhou popularidade desta forma como personagem de Monteiro Lobato no Sítio do Picapau Amarelo.

De acordo com a lenda contada pelos escravos, o saci era um menino escravo que cortou uma das pernas por preferir ser um perneta livre do que escravo com duas pernas. Outros dizem que na verdade a perna do Saci é central, o que refuta a tese anterior.

O saci faz muitas travessuras e teria entre 70 cm e 77 cm e abrange características de todo povo brasileiro, considerado uma mistura de outros povos. Sua origem indígena o torna conhecedor e defensor da natureza, sua cor da pele, negra, representa o povo brasileiro, e a carapuça vermelha representaria a influencia do povo europeu.

De acordo com os especialistas em saci, existe também a explicação de que o gorro era usado na Roma Antiga como símbolo do escravo liberto. Na frança, época da Bastilha o acessório também era usado como símbolo de liberdade”.

domingo, 21 de outubro de 2012

PNE só deverá ser aprovado em 2014, diz analista


O Plano Nacional de Educação (PNE), que segue para o Senado depois de ter sido aprovado na Câmara nesta terça-feira (16), só deverá ser aprovado e sancionado em 2014. O cálculo é do coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Segundo o analista, serão necessários pelos menos seis meses corridos para que os senadores analisem o PNE. Se forem feitas muitas alterações, o texto deverá levar pelo menos outros três meses em seu retorno à Câmara. “Se tudo continuar nesse ritmo, teremos o plano aprovado só em 2014. Numa previsão mais pessimista, com atrasos que podem acontecer, então só em 2016”, disse. No entanto, ele não aposta nessa possibilidade. “Não acredito que o governo federal vá para a disputa pela reeleição com uma pendência dessa. Seria um suicídio político.”

Instituído pelo Projeto de Lei 8.035/2010, do Executivo, o PNE é importante porque estabelece as 20 metas que o país deverá alcançar em dez anos a partir do momento em que for sancionado. Entre elas está a que determina que a União passe a investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2023. Atualmente o governo federal aplica 5,1% do PIB. Outro ponto importante é o estabelecimento de prazos para a elaboração e aprovação dos planos estaduais e municipais, que 'serão outra luta', conforme Cara. Apesar da determinação legal, muitos estados e municípios não têm aprovados os seus. “O ideal seria que os planos das três esferas fossem discutidos em paralelo, e não como é atualmente, quando os estaduais e municipais são discutidos dois anos depois da aprovação do nacional.”

O coordenador acredita também que os senadores deverão aperfeiçoar as metas, tornando-as mais efetivas, e que não farão muitas modificações no texto como, por exemplo, retirar o percentual de 10%. Se isso acontecer, segundo ele, no retorno a Câmara os deputados poderão restabelecê-lo. E tampouco crê que eles tentem tornar as metas mais ousadas. Com isso, os 10% passariam a ser insuficientes.

O último Plano Nacional de Educação, instituído pela lei 10.172, de 2001, vigorou até dezembro de 2010. Apenas um terço de suas metas foram atingidas. Aquelas relativas à cobertura de creches e a taxa de escolarização no ensino superior, por exemplo, não foram alcançadas e por isso foram repetidas no plano que segue em tramitação. “Além de não termos cumprido o plano anterior, fomos incapazes de fazer com que o PNE seguinte conseguisse avançar em temas que o outro não avançou. Assumimos o nosso fracasso e, pior, o jogamos para os próximos dez anos”, disse Cara.

"Custo/qualidade"

No começo desta semana, o Ministério da Educação (MEC) assumiu compromisso com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação de discutir o Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi). Desenvolvido pela Campanha e aprovado pelo Conselho Nacional de Educação, o índice, maior que o utilizado pelo MEC no cálculo para o financiamento no setor, é o parâmetro usado nas contas que concluíram ser necessários pelo menos os 10% do PIB. Ele indica quanto deve ser investido anualmente por aluno, em cada etapa da educação básica, para que seja possível um padrão mínimo de qualidade na educação pública. Esta é a primeira vez que o governo federal se compromete a discutir abertamente o CAQi. O grupo deverá ser formado em novembro.

Segundo o coordenador, um dos temores do MEC é que, com uma possível adoção do CAQi nos cálculos – o que representa R$ 40 bilhões a mais na conta da educação –, prefeituras e estados passem a exigir mais da União e deixem de cumprir com suas obrigações, como aplicar pelo menos 25% na educação e colocar nas contas do setor apenas o que realmente é gasto com o ensino. Para contornar esse problema, a campanha propõe o estudo de mecanismos de fortalecimento do controle social.

Fonte: Rede Brasil Atual