quarta-feira, 11 de abril de 2012

ASSEMBLEIA DA CATEGORIA DECIDE SUSPENDER A GREVE


O presidente Claudio Fonseca, informou as propostas apresentadas pelo governo

Em assembleia geral ocorrida nesta terça-feira, na Praça do Patriarca, os profissionais de educação, após analisarem as propostas apresentadas pelo governo municipal decidiram encerrar a greve. A proposta inclui: 
                   1. regulamentação da aposentadoria especial do magistério para docentes e gestores readaptados;
                   2. criação de 360 cargos de assistentes de diretor para os Centros de Educação Infantil (CEIs);
                   3. pagamento para os auxiliares técnicos de educação (ATEs), pelo grau do próprio servidor, quando em substituição aos secretários de escola;
                   4. antecipação, em junho da primeira parcela do Prêmio de Desempenho Educacional, nos seguintes valores: R$ 1.200,00 para Jeif, J-30 e J-40; R$ R$ 900,00 para Jornada Básica do Docente (JBD); e R$ 600,00 para a Jornada Básica (JB);
                   5. criação de duasreferências para a carreira do magistério;
                   6. abono complementar para os comissionados do quadro de apoio;
                   7. pagamento dos dias parados, com o compromisso de reposição. 
Mais uma vez, o governo condicionou a aplicação das propostas à suspensão da greve da categoria, iniciada no dia 02 de abril, assumindo o compromisso de dar continuidade às negociações em relação aos demais itens da pauta de reivindicações entregue em fevereiro. 
Após apresentação das propostas, foi aberta a palavra aos defensores da rejeição das propostas e continuidade da greve e dos defensores do encerramento da paralisação e pela continuidade de negociação com o governo.



O professor Nelson, a professora Denise, a diretora Lourdes e a supervisora Alani defenderam a continuidade da greve

Com a garantia dos dias parados, a apresentação das demais propostas e a constatação de que houve queda acentuada de adesão ao movimento, a maioria dos profissionais de educação presentes decidiu não rejeitar as propostas apresentadas pelo governo e manter a negociação com a administração municipal.


O coordenador pedagógico Almir e a professora Teresinha defenderam o fim da greve; já o diretor João Kleber falou sobre a importância de estabelecer um calendário de mobilização

Infelizmente, com esta decisão, grupos infiltrados entre os profissionais de educação, que certamente não pertencem à categoria, reagiram com violência atirando garrafas, paus e ovos. Uma demonstração clara de que não segue sequer as indicações das centenas de escolas que, tendo participado da greve entre os dias 04 e 10 de abril, afirmavam que a decisão de suas unidades era pela suspensão da greve. 
No início do nosso movimento, através do levantamento diário feito pelo sindicato, participavam do movimento 845 escolas. A participação, a partir de 05 de abril, entrou em declínio. Hoje, levantamento apontava que, das 845 escolas que participavam anteriormente, somente 166 ainda estavam com paralisação total ou parcial e a maioria indicava que voltaria ao trabalho a partir da assembleia de hoje. 
Realizada a votação, com a defesa da suspensão da greve por membros da situação e também da oposição, e comprovado que a maioria decidiu pela suspensão da greve nenhum dos defensores da continuidade da paralisação e rejeição das propostas apresentadas pelo governo, incluindo o pagamento dos dias parados, contestaram, de cima do caminhão, a declaração do presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca, quanto à proposta que havia vencido. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Comissão especial do PNE se reunirá com ministro Guido Mantega


A Comissão Especial que discute o novo Plano Nacional de Educação (PNE) se reunirá na próxima terça-feira, 10/4, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para defender a possibilidade de maiores investimentos do Governo Federal em educação. A informação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), membro da Comissão Especial. Marcada para as 16h, a reunião deverá discutir a proposta de investimento, no setor educacional, de valor equivalente a 10% do PIB.


A proposta é defendida nacionalmente pelos movimentos ligados à educação e pelo deputado Chico Lopes. O relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni (PT-SP), apresentou relatório prevendo investimento equivalente a 8% do PIB – cifra insuficiente, na avaliação de Chico Lopes, para financiar todos os investimentos previstos pelo PNE, que estabelece as prioridades da educação para toda esta década.

“Vamos discutir com o ministro a possibilidade de avançar mais quanto a esse investimento. Os 8% que estão postos até aqui não são suficientes para tudo o que o PNE prevê, incluindo novas demandas, como creche e escola em tempo integral, com ampliação da jornada escolar, e maior desenvolvimento da educação profissionalizante”, justifica Lopes.

“Para fazer frente a essa realidade, precisamos de investimento maior. O ideal seria os 10% que o movimento da educação está buscando. Se não for possível, tentaremos um valor maior que os 8%”, complementa Chico Lopes.

Audiência com Mantega

Para Chico Lopes, a audiência com o ministro Guido Mantega poderá marcar um novo momento na luta pelo PNE comprometido com mais recursos para a educação. ”Essa participação pode abrir um novo caminho para essa luta. Enquanto isso, a mobilização da sociedade continua sendo fundamental para criar uma pressão legítima, por mais dinheiro para a educação”, acrescenta o deputado.

“Teremos inclusive argumentos para levar ao ministro, como a destinação, para a educação, de 50% do Fundo Social do Pré-sal, determinada por projeto do senador Inácio Arruda aprovado por unanimidade na Comissão de Educação do Senado”, aponta Chico Lopes.

Fonte: Assessoria do Deputado Federal Chico Lopes (PCdoB-CE)

Bolsa Família diminuiu o abandono escolar


Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP constatou que alunos beneficiados pelo Programa Bolsa Família abandonam menos os estudos. O resultado foi obtido através do cruzamento de dados do Censo Escolar de 2008, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais (INEP), com os beneficiários do programa Bolsa Família. 

Por Lauany Rosa, da Rede Brasil Atual


O responsável pela pesquisa, Pedro Camargo, considera que o programa de distribuição de renda criado durante o governo Lula (2003-10) está sendo muito bem sucedido. "Exigir a frequência escolar das crianças é uma forma de acabar com o famoso discípulo da pobreza, que é a situação em que o pai analfabeto ganha pouco e precisa que o filho abandone os estudos para ajudá-lo a aumentar a renda da família", diz. Ele alerta, porém, que a qualidade do aprendizado das crianças beneficiárias ainda é mais baixo que a média nacional, o que exige atenção especial dos educadores. 

Confira a seguir trechos da entrevista com o pesquisador de "Uma análise do efeito do Programa Bolsa Família sobre o desempenho das escolas brasileiras".

Brasil Atual - O que o motivou a realizar essa pesquisa?
Pedro Camargo - Desde a época da graduação eu gostava muito do tema educação no Brasil e vi em minha pesquisa de mestrado uma motivação para estudar de modo mais profundo o assunto. Analisando dados do setor, percebi que seria uma oportunidade para estudar mais profundamente o programa Bolsa Família e sua relação com a educação. Como esse era um assunto pouquíssimo abordado em artigos científicos, identifiquei nele uma oportunidade de fazer algo relevante e que se enquadrava perfeitamente dentro do setor da educação, que é algo que sempre gostei.

BA - Qual a sua visão do programa Bolsa Família?

PC - O programa é muito importante para o país. O objetivo principal do Bolsa Família é diminuir a desigualdade social e combater a pobreza, e nesse sentido ele está sendo muito bem sucedido. O Bolsa Família é muito benéfico, justamente por conseguir tirar uma parcela da população da pobreza. O programa contribui muito para que a próxima geração tenha melhores oportunidades de desenvolvimento econômico e social de que seus pais.

BA - De que forma o programa contribui na criação de oportunidades para as famílias beneficiadas?

PC - Para a família receber o beneficio do programa é necessário que os filhos frequentem o colégio, isso faz com que haja uma diminuição do número de crianças que abandonam os estudos. A ideia é manter as crianças nas escolas de modo que elas consigam terminar seus estudos e ter melhores oportunidades de emprego na vida adulta. Porém, em contrapartida, embora as crianças tenham uma frequência escolar maior do que as demais, elas não têm o mesmo desempenho escolar. As crianças que possuem o auxilio do Bolsa Família terminam o ano sabendo bem menos que as demais, não por uma conseqüência do programa, mas justamente pela realidade em que ela está inserida, onde muitas vezes as crianças que provêm de famílias muito pobres possuem pais com pouca ou nenhuma escolaridade.

BA - Quais foram os principais fatores que você identificou durante a sua pesquisa?PC - A taxa de abandono reduziu por conta do Bolsa Família, mas as escolas com o maior número de alunos beneficiados pelo programa geralmente têm taxa de aprovação menor. Isso pode ser notado na questão de desempenho e proficiência através da Prova Brasil que é aplicada pelo INEP. Analisando dados desse exame, encontrei evidências de correlação negativa, ou seja, quanto maior o número de alunos beneficiados pelo programa, menor a média da escola na Prova Brasil. Esses dados demonstram que o Bolsa Família necessita de uma atenção especial por parte dos gestores de políticas públicas.

BA - Como você avalia a influência do Bolsa Família na educação?

PC - A influência do Bolsa Família é pouca. Reduzir abandono é inerente, o próprio beneficio do programa é ligado a isso, se o pai não matricular o filho na escola e não garantir a presença da criança, ele não recebe os benefícios do programa. A relação entre o Bolsa Família e a educação é de causa e efeito. O problema da educação não é culpa do desenho do programa. Exigir a frequência escolar das crianças é uma forma de acabar com o famoso discípulo da pobreza, que é a situação em que o pai analfabeto ganha pouco e precisa que o filho abandone os estudos para ajudá-lo a aumentar a renda da família. A ideia do programa em incentivar o estudo é boa, o problema é que não possuímos um ensino de qualidade. A grande vilã do ensino brasileiro é a progressão continuada que faz com alunos cheguem a oitava série sem saber nada. É necessário nivelar o ensino para que se possa garantir uma educação de qualidade de forma que todos consigam acompanhar e ter perspectivas melhores para o futuro.

BA - Tendo em vista tudo o que foi dito, o Bolsa Família é um programa economicamente 
viável, compensa ser realizado?
PC 
- Se formos pensar, o governo gasta pouco com o programa, ele gasta pouco menos de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) com ¼ da população. Do ponto de vista social a porcentagem gasta do PIB com a educação deveria ser bem maior, tendo em mente que ela ajuda a retificar a miséria. Do ponto de vista econômico, o Bolsa Família é muito interessante para o Brasil justamente por impactar de uma forma positiva no crescimento econômico. Outro fator positivo é que o Programa Bolsa Família é barato no que diz respeito ao PIB 

Fonte: Blog do Nassif, publicado originalmente na Rede Brasil Atual

Greve dos Profissionais do ensino Municipal de SP


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Prefeitura de Itaquaquecetuba/SP abre concurso via Instituto Soler

A Prefeitura de Itaquaquecetuba publicou no último dia 05 edital do Concurso público para vários cargos. Os cargos na área de Educação são: Professor Titular de Ensino Fundamental, Professor Titular de Educação Infantil,Professor de Artes,Professor de Educação Física,Professor de Matemática,Professor de Português,Professor Titular de Educação Especial e Psicopedagogo. As inscrições iniciam hoje, 09, e terminam no dia 24 de Abril. Para inscrever - se  o candidato deverá preencher o formulário de inscrição, 
disponível no endereço eletrônico www.institutosoler.com.br, da seguinte forma:
- Acesse o site www.institutosoler.com.br;
- Clique sobre o item Inscrições abertas;
- Clique em Concurso Público 01/2012 – Prefeitura Municipal de ITAQUAQUECETUBA –
SP;
- Preencha todos os campos do formulário de inscrição;
- Clique em Finalizar;
- Na seqüência o sistema irá gerar o comprovante de inscrição e o boleto bancário para 
pagamento da taxa de inscrição, que deverão ser impressos;


domingo, 8 de abril de 2012

Professora cria blog para apoiar aulas de geografia

Professora na rede pública e particular da Grande Florianópolis desde 2006, Roberta Althoff Sumar leciona geografia para alunos do ensino fundamental e médio do Colégio Gardner, no município catarinense de São José. Também exerce a função de tutora presencial do curso de pedagogia a distância da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Criativa, Roberta, que tem graduação em licenciatura em geografia e especialização em gestão educacional e metodologia do ensino interdisciplinar, procura variar as atividades desenvolvidas na sala de aula, de modo a atrair a atenção dos estudantes para a disciplina. Assim, adota ferramentas tecnológicas, leitura de textos em conjunto com a turma, elaboração de esquemas no quadro, saídas de campo com a professora de ciências e também aulas expositivas.

“Apesar de estar atenta às novas tecnologias e ter recursos à disposição, uso muito o quadro e direciono os alunos a anotarem no caderno, com a data e o conteúdo de cada aula”, revela a professora. Ela considera isso fundamental no estudo individual dos alunos em casa.

Para Roberta, a geografia tem a missão de fazer o estudante compreender o mundo e seu papel nele, de modo a se tornar um cidadão critico e participativo. Segundo ela, é difícil mostrar a alunos com situação financeira privilegiada que eles têm responsabilidades com o Brasil. “Tenho dificuldades em fazer com que percebam seu papel na sociedade e o quanto são importantes nas transformações desse lugar”, enfatiza.

Desde 2007, ela mantém o blog Geoprofessora, com atividades de geografia e dicas para estudantes. É usado também como um arquivo pessoal de trabalho. “Gosto de divulgar as práticas de ensino que realizei, entre outras informações geográficas”, salienta. 

Roberta recebe mensagens de professores do Brasil inteiro sobre prática de ensino de geografia e troca de experiências. “O blog, hoje, conta com mais de 1,6 milhão de acessos”, diz, entusiasmada. Em eleição promovida pelo Portal InfoEnem, o Geoprofessora ficou em terceiro lugar entre os 10 melhores blogs de geografia do país. “Fiquei muito feliz e com um compromisso ainda maior.” 

Desafios — Os estudantes consultam o blog em busca de complemento das aulas e para responder aos desafios propostos. Cada turma tem um link, no qual a professora publica arquivos de aulas e atividades complementares e divulga outros links interessantes. “A cada trimestre, lanço uma questão; os estudantes têm de argumentar e postar a resposta”, explica.

Na visão de Roberta, apesar de os alunos, muitas vezes, minimizarem a relevância da geografia diante de outras disciplinas, eles gostam da matéria e das aulas. “Converso muito com eles sobre isso, até porque a geografia contribui bastante na relação de assuntos, correlação de teoria e prática”, ressalta.

Todos os anos, ela desenvolve projetos sobre a América Latina em conjunto com as professoras Mônica Valéria Serena, de espanhol, e Ana Paula Vansuita, de história. Com esse propósito, os estudantes devem elaborar, sobre os países da região, telejornais que mostrem aspectos gerais, localização, fatos históricos marcantes e até mesmo a origem e características do subdesenvolvimento. O registro completo dos trabalhos realizados pode ser conferido em um blog específico, o projeto telejornal

Fátima Schenini