quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Com todo respeito Haddad!

Li a noticia de que o ministro Fernando Haddad e seus técnicos do MEC querem aumentar os dias letivos de 200 para 220 ou aumentar a carga horária para sete hora diária(seria integral!). Com todo respeito Haddad! Não! Como escreveu Rubem Alves" é mais perigoso um técnico de boca aberta do que uma urna fechada". De acordo com os técnicos do MEC o aumento da carga horária deve a ideia de expor os estudantes mais tempo ao conhecimento já que em nosso país os alunos ficam menos tempo que em outros com índices educacionais mais avançados.Pergunto: só na escola há conhecimento? Onde estão os teatros, centros culturais, centro de exposição, casas de shows, circos e  outros?Cadê as quadras, praças, bibliotecas, piscinas? Em qual hora do dia a família irá se reunir para conversar, se relacionar, se ver? Será que é aumentando a carga horária/dias letivos realmente vai aumenta a exposição das crianças ao conhecimento? Ou vai mais uma vez diminuir o tempo que os pais passam com os filhos, assim justificando a não diminuição da jornada de trabalho para 40 horas, quiçá 35 horas?
O ministro Haddad juntamente com a ministra Ana B. de Holanda deveriam criar um programa, um PAC, talvez, de exposição dos indivíduos ao conhecimento em todo local de relação social dos indivíduos, não só na escola. Pois não só as crianças merecem, todos merecem. Não só a escola é um local propicio para o conhecimento, todos os locais são até a rua.
Aumento da carga horária ou dia letivo NÃO! Diminuição da jornada de trabalho SIM! Aumento de teatros públicos, centros culturais públicos, centros de exposições públicos, museus públicos, casa de shows públicas,piscinas públicas,cinemas públicos, quadras públicas, campos públicos, praças públicas, galerias públicas SIM!

O PIG e sua luta pela melhoria do ensino... privado.

Não sei como consegui, mas li, duas páginas inteira da VEJA. Ahhhhhh!!Muito cruel essa leitura, mas fiz devido ser curioso e outra coisa sempre é bom saber o que a direita conservadora golpista está pensando. e não mudou muita coisa os últimos tempos. Mas vamos à Veja. Em sua edição2234, n.º37 de 14 de setembro, nas páginas96 e 97, quem tiver coragem de gastar R$9,90 e mais ainda coragem de ler, vai ver que Gustavo Ioschpe não tem pudor nenhum em discorrer sobre o ensino privado no seu texto " Você acha que as escolas particulares brasileiras são boas?". Em primeiro momento imaginei que seria uma provocação para tratar do ensino público brasileiro, afinal, sou defensor de uma educação pública, gratuita, integral e laica. Mas não como sempre o PIG surpreendeu, quero dizer, não surpreendeu já que Ioschpe apenas reproduziu o discurso direitoso da burguesia brasileira. Ele começa desfazendo ou menosprezando, termo mais apropriado, a literatura brasileira:" meus colegas indianos haviam lido Shakespeare e Dante para escola. Na minha, lemos Lima Barreto e Adolfo Caminha."Como assim? Lima Barreto não é digno de autores como Shekespeare, ou Lima Barreto é importante para cultura literária brasileira, Shekespeare é importante para literatura inglesa e o amigo indiano de Ioschpe deveria ler autores indianos que marcaram de forma contundente a literatura do país de origem dele?É questões inquietantes.Mas Gustavo Ioschpe continua em outro trecho do texto ele coloca o seguinte" Os pais com filhos em escolas privadas se satisfazem com o fato de a educação pública ser ainda pior." Caros amigos(uma boa revista) se isso não for uma clara declaração de apoio ao sistema capitalista neoliberal, onde tudo é mercadoria, e uma clara declaração de que a burguesia brasileira de nacionalista não tem nada , não sabemos o que é então. Pois, como pode se satisfazer com a má qualidade do ensino público? Como suportar milhões de brasileiros sem educação de boa qualidade social? Só quem não está nem aí para o desenvolvimento cultural, econômico e tecnológico do país e sim pensa apenas em seu umbigo gordo de hambúrgueres do mc'donalds.A educação pública deve ser defendida com unhas e dentes e a boa qualidade desta em igual tamanho deve ser defendida.
Outro ponto bem neoliberal do texto:" ...,de que, na competição que é o mundo moderno, a educação que você consegue oferecer a seu filho já lhe dá uma grande vantagem." e continua"... os tempos mudaram, e a arena de competição desta geração não é mais o Brasil, mas o mundo." Educação como ferramenta de melhor competir? Não pode. Educação é instrumento de avanço para melhora do ser humano como ser humano e não como competidor. A educação tem que servir dentro da sociedade como divulgadora do conhecimento historicamente acumulado para que a partir daí avanços tecnológicos, econômicos, sociais, filosóficos aconteçam. A ideia é ser uma pessoa melhor mais solidária, honesta, tolerante. E não um competidor que vê o outro como um obstáculo a ser vencido.
Por fim algo que já tínhamos tratado nesse blog na postagem do dia 28/06 desse ano "Adeus ministro" em ocasião da morte do ex - ministro, ex - secretário de educação Paulo Renato de Sousa. De acordo com Gustavo Ioschpe deveríamos assim como alguns países privatizar e querer definitivamente privatizar o sistema público de ensino pois assim atingiríamos uma excelência na qualidade de educação.Mais uma vez uma das artimanhas do neoliberalismo aparece em um dos seus instrumentos, a VEJA , na tentativa de dar ao todo poderoso "deus" mercado as responsabilidades do Estado. este , o Estado, tem que ser sim o mantenedor do sistema educacional brasileiro, o que deveria no entanto extinguir essa dualidade de sistemas, ou seja, tudo deveria ser público e é claro com boa qualidade social. A formação do professor tem que ser de boa qualidade social. O valor do salário do professor tem que ser de boa qualidade. A estrutura física e  material complementar tem que ser de boa qualidade social, público, gratuito e laico.
A Educação como é tratado na Veja por seu soldado  galante é tratada como instrumento puro e simples de crescimento mercadológico para o individuo, entretanto estão enganados, a Educação tem que ser e deve ser e um dia será de forma mais geral e para todos e todas uma forma de crescimento individual sim, mas um crescimento individual que contribua para o coletivo de forma benéfica a sempre ter relações solidárias, tolerantes, afetivas e de respeito ao outro. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Paulo freire

Marcado pela ditadura militar Paulo freire tornou - se símbolo de uma Educação para todos e todas. Falar da Educação brasileira sem falar de Freire é um erro tremendo devido sua importância para muitos aspectos educacionais: políticos, pedagógicos, e outros. Adeptos ou não da educação freiriana estudá - lo é uma obrigação para compreender, analisar, contribuir com a teoria de uma educação de cunho materiaslista histórico dialética(marxista) assim como conhecer com o que contribuíram Vigotysky, Makarenko, Luria, Gramsci e outros.

1º Fórum de debates: Os megaeventos esportivos e a transformação nas cidades.