quinta-feira, 15 de março de 2012

Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos e Meritum concursos divulga Edital de Retificação.

A prefeitura de Ferraz de Vasconcelos(http://www.ferrazdevasconcelos.sp.gov.br/) divulgou  no último dia 14  edital de retificação referente ao edital n.º 02/2012 modificando vencimentos dos cargos da área educacional, sendo a maior diferença no cargo de Professor Adjunto I, que no edital de lançamento, estava o valor de R$416,00 e retificado fica sendo o valor de R$1103,49. Nos outros cargos também houveram mudanças no vencimento.Confira o edital:
http://www.meritumconcursos.com.br/concursos/ferraz2012/editais/EDITAL_02_2012_%20PMFV_VARIOS_RETIFICACAO_01.pdf

Mafalda, 50, já não é mais uma garotinha

Buenos Aires, 15 de março de 1962. O então publicitário Joaquim Salvador Lavado, o Quino, tinha apenas 29 anos de idade quando deu forma à garotinha que, de tão impertinente, cruzou o ponto final dado pelo seu próprio criador. 

Por André Dib, em Diario de Pernambuco


Nascia Mafalda. Uma das maiores personagens das histórias em quadrinhos e uma das poucas a atingir o estrelato exclusivamente através de tirinhas, incialmente publicadas em jornais, espaço ideal para refletir sobre as questões políticas e sociais que tanto a incomodavam.

Por cinco décadas, dezenas de livros em diferentes idiomas multiplicaram suas indagações descabidas, que tanto importunam os que se sentem donos da verdade. Produzidas entre 1964-1973, um período curto, mas suficiente para eternizar a personagem e influenciar artistas e intelectuais de diferentes gerações. Não é difícil imaginá-la criticando a cobertura da TV sobre os conflitos da Síria, protestando pela liberdade na internet ou se indignando com o sucesso de Michel Teló.

Mafalda gosta de Beatles, critica a mídia, protege o irmão mais novo das “adultices”, defende a igualdade entre pais e filhos (“nos graduamos no mesmo dia”, diz), odeia sopa e tem uma amiga chamada Liberdade. Antes de ser argentina ou viver nos anos 1960, ela é uma humanista. Sua ingenuidade contestadora é visceral, espontânea. Ela é bem vinda – e necessária – em qualquer época ou cultura.

 

Entre os seus admiradores está o escritor Umberto Eco, que define Mafalda como “a heroína iracunda que rejeita o mundo assim como ele é, reivindicando o seu direito de continuar sendo uma menina que não quer se responsabilizar por um universo adulterado pelos pais”. No entanto, o pesquisador Paulo Ramos, em seu livro Bienvenido – um passeio pelos quadrinhos argentinos (Zarabatana, 2010), observa uma contradição na gênese da personagem, criada para uma loja de departamentos para promover as lavadoras Mansfield. Daí o “Mafalda”. A campanha nunca foi lançada e Mafalda só viria a público pela primeira vez em 1964.
Quino parou de desenhar a personagem três anos antes do início dos anos de chumbo na Argentina. “Possivelmente ela nunca teria chegado a ser adulta. Seria uma das desaparecidas”, disse o autor, em entrevista a um periódico argentino. Desde então, Quino vem produzindo uma obra monumental, que vai muito além da personagem. Trocou as tiras pelo cartum, gênero no qual é mestre. O movimento foi recíproco: Mafalda provou estar muito além do desejo de seu criador. Tornou-se personagem tão grande quanto os norte-americanos que a precedem (Peanuts) e sucedem (Calvin) ou a nossa Turma da Mônica. É possível comparar personagens tão diferentes?

“Há paralelos possíveis, sim”, diz Paulo Ramos. “Mônica é lida até hoje e é a personagem brasileira mais reconhecida, inclusive fora do país. Vale o mesmo para Mafalda. Charlie Brown trouxe a reflexão adulta para o universo das tiras, algo que Quino também faz. Calvin já é mais fantasioso e menos vinculado à realidade factual do que Mafalda”.

Duas garotas invocadas - A inevitável comparação entre Mafalda e Mônica, duas garotas invocadas, me levou a procurar o criador de uma delas para comentar o assunto. “Elas nasceram quase ao mesmo tempo”, diz Mauricio de Sousa. “Talvez na mesma maternidade sul-americana. Mas enquanto Mafalda enveredava para críticas sociais, Mônica nascia para divertir, entreter, sem dar importância ou conta do que estava acontecendo em sua volta. Aqui ou ali com uma história de mensagem; Mas Mafalda tinha um algo mais que me assustava. Ela mergulhava com propriedade nos temas políticos, falava de igual para igual com os leitores. E mandava mensagens firmes para os adultos. Admirei logo de cara o personagem”.

Um dos maiores talentos da HQ brasileira, Laerte Coutinho diz que Mafalda é um dos pontos luminosos do quadrinho mundial. “Sem Quino eu não seria nada do que sou”, diz o artista. “Conheci o trabalho do Quino em 1967. As tiras foram decisivas para me decidir enquanto profissional e para a ideia de humor que passou a me nortear. Numerosas tiras que eu produzi na vida são cópias das que li na Mafalda. Conheci o Quino, na década de 80, em Milão – quase caí duro de emoção. Disse a ele: ‘chupei muito o seu trabalho’. Não sei se fez sentido, ele agradeceu meio sem jeito”.

As tirinhas de Mafalda remetem à realidade da Argentina e especificidades de uma época. Como entender sua longevidade? Paulo Ramos que tudo começou na época, com o impacto que as tiras exerceram na Argentina. “Abertas à realidade do país e do mundo, elas trouxeram o noticiário para o humor das tiras. Isso exerceu e ainda exerce forte influência no que o país vizinho produziu desde então. Outro motivo foi a repercussão que parte dos quadrinhos argentinos tinha na Europa na década de 1960. Soma-se o fato de as tiras serem recuperadas, depois, na forma de antologias, o que permitiu a longevidade da produção. Por fim, nada disso se justificaria se a série não tivesse qualidade. É uma das melhores tiras já criadas no mundo”.

Laerte aponta outros motivos para Mafalda ter se tornado leitura obrigatória – no Brasil, a compilação Toda Mafalda (Martins Fontes, R$ 113) está na lista do PNBE, que leva o livro para as escolas públicas de todo o país. “Ela é muito atual, apesar de tratar de temas que estão muito localizados no tempo. Além disso, ela representa, assim como o Calvin de Bill Watterson, um exemplo de como um autor pode ter domínio sobre seus direitos sobre seu trabalho, começando-o e encerrando segundo seu interesse e não o da editora ou da indústria de entretenimento”.

Governador pede complementação para pagar o piso do Magistério




O governador Wilson Martins propôs ao ministro da Educação, Aloísio Mercadante, durante reunião em Brasília nessa quarta-feira (14), que o governo federal estude a complementação de recursos para que os estados possam pagar o novo piso nacional do Magistério. A medida valeria para estados cujo impacto do novo piso comprometesse as finanças do governo. Em janeiro, o governo Federal reajustou o piso em 22%, chegando ao valor de R$ 1.451,00.


“É indispensável a complementação federal. A folha de pagamento da Secretaria de Educação corresponde a 47% do total da folha do Estado. Pedimos ao ministro, que o MEC faça estudos para verificar o déficit existente para que possa realizar a complementação.

A medida seria semelhante à criação do Fundebinho, em dezembro de 2005, para a complementação dos recursos utilizados para a realização de investimentos no Ensino Médio em todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal. À época, o repasse total do MEC chegou a cerca de R$ 400 milhões.

“Sem complementação da União, o sistema educacional de muitos estados podem passar por sérias dificuldades. Nós queremos pagar o piso e estamos buscando meios para isso. Mas estamos muito perto do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e devemos estudar cada medida em relação a reajustes, contratação de servidores”, acrescentou o governador Wilson Martins.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ensino fundamental de escolas rurais terá obras diferenciadas

Alunos das séries iniciais do ensino fundamental de escolas rurais vão receber, em 2013, livros didáticos diferenciados para melhor atender a realidade das salas de aula no campo. As editoras interessadas podem se cadastrar e pré-inscrever suas coleções até o dia 30 de março, de acordo com os termos do edital publicado na página do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na internet.

Serão 12,4 milhões de livros didáticos para 3 milhões de alunos, em 73 mil escolas rurais. A compra e a distribuição das obras estão orçadas em R$ 87 milhões. Os livros, em edições multisseriadas, seriadas ou multidisciplinares, poderão ser escolhidos pelos professores de acordo com a realidade da escola.

Serão aceitas para participar do processo de avaliação coleções didáticas consumíveis (que não precisam ser devolvidos no final do ano letivo) de alfabetização matemática, letramento e alfabetização (primeiro ao terceiro ano), língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia (quarto e quinto anos).

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) específico para o campo, que atenderá pela primeira vez às escolas rurais, será um dos temas do 13º Encontro Técnico dos Programas do Livro Didático, de 13 a 16 de março, em Curitiba.

“Os livros do PNLD Campo têm configuração diferenciada e podem ser multisseriados, multidisciplinados e divididos por áreas de ensino”, explica Sonia Schwartz, coordenadora-geral dos Programas do Livro Didático do FNDE. “Às vezes na mesma sala há alunos de idades diferentes, de séries diferentes, e esse novo modelo de livro pode atender melhor a realidade da escola rural.” A escolha dos livros pelos professores será feita no segundo semestre deste ano.

Assessoria de Comunicação Social/MEC

Jornal Folha de São Paulo: definição.

Já fiz várias leituras do Conversa Afiada (CAf) do blogueiro sujo PH e vi muitas vezes definições que ele coloca ao final de seus posts, ótimas por sinal, e chama atenção o do Jornal Falha, ops, Folha de São Paulo. Reproduzo aos amigos que ainda não conhece a verdadeira definição de FOLHA:

"(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas depois de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores."(PH,2012.kkk!)

Prefeitura abre 190 vagas em novo concurso público


Inscrições devem ser feitas no site da Vunesp, de 5 a 27 de março. Maioria das vagas é na área da Educação
 

A Prefeitura de Suzano abre na segunda-feira (5/3) inscrições de mais um concurso público para o preenchimento de 190 vagas nas áreas de educação, saúde e administração geral, em cargos de ensino superior, médio e fundamental completos. A taxa de inscrição varia de R$ 30 (fundamental) a R$ 70 (superior) e os salários, entre R$ 928 e R$ 5.319, mais benefícios.

O edital estará disponível na internet, nas páginas da Prefeitura (www.suzano.sp.gov.br), a partir desta sexta-feira (2/3) e da Fundação Vunesp (www.vunesp.com.br), responsável pelas provas. É importante que o candidato leia atentamente o edital antes de efetuar sua inscrição, que deverá feita exclusivamente no site da Vunesp entre os dias 5 e 27 de março. 

Este é o sétimo concurso público realizado pela atual gestão, que desde o seu início, em 2005, assumiu o compromisso de organizar e profissionalizar o quadro funcional da Prefeitura. A realização de concursos públicos é a garantia de democratização do acesso ao emprego público e melhoria da qualidade do serviço prestado à população, evitando os contratos emergenciais ou temporários que tanto prejudicam o aprendizado do funcionalismo e sua especialização nas áreas técnicas da administração.

Além disso, o concurso integra a política de valorização do funcionalismo municipal que incluiu, em 2010, a reversão do regime (de celetista para estatutário), a criação do Estatuto e a instituição do Plano de Carreira.

Secom/Suzano

INSCRIÇÕES CURSO PREPARATÓRIO - SUZANO

http://libertatliberdade.blogspot.com/p/inscricoes-curso-preparatorio-suzano_05.html

terça-feira, 13 de março de 2012

GREVE

Sindicato dos profissionais em Educação no Ensino Municipal, SINPEEM, convoca assembleia com paralização dia 14/03.

O SINPEEM convocou toda categoria para realização de assembleia com paralização para amanhã dia 14 de Março, a partir das 14h em frente a Secretaria Municipal de Planejamento,Orçamento e Gestão.Veja a convocação publicada no site do sindicato:
"29/02/2012 - O SINPEEM convoca os profissionais de educação, ativos e aposentados, a participarem da manifestação, com paralisação das atividades, no dia 14 de março, às 14 horas, em frente à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SMG), para cobrar do governo o atendimento às reivindicações da campanha salarial 2012.
          A realização desta manifestação foi deliberada em assembleia geral da categoria, ocorrida em 28 de fevereiro, após sua indicação e aprovação na primeira reunião de representantes sindicais deste ano, em 15 de fevereiro, da qual participaram mais de 2.500 profissionais de educação eleitos em suas unidades de trabalho.
        As questões debatidas e aprovadas na reunião de representantes foram ratificadas na reunião do Conselho Geral e deliberadas em assembleia geral. Foram definidas questões centrais para o período de campanha salarial, elaboradas a partir das resoluções de nossos congressos e das indicações apresentadas pelos representantes sindicais. Desta forma, ficou definido que iremos centralizar os nossos esforços na luta pela incorporação dos Abonos Complementares de pisos, contra a terceirização dos serviços públicos, em defesa da valorização profissional, antecipação dos índices de reajustes garantidos para 2013 e 2014, isonomia, direitos funcionais, realização de concursos, ampliação das tabelas de vencimentos, redução da quantidade de alunos por classe/turma; acréscimos de referências, melhoria do atendimento médico hospitalar, atendimento à demanda em todas as modalidades de ensino, entre outras reivindicações.
 
Todos à manifestação, com paralisação:
14 de março, às 14 horas, em frente à Secretaria
Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão
(rua Líbero Badaró, 425, Centro)

 QUESTÕES CENTRAIS DA PAUTA DE 2012

       DEFESA DOS DIREITOS E REIVINDICAÇÕES:

a) valorização dos padrões de vencimentos, com a antecipação da aplicação dos reajustes previstos para 2013 e 2014;

b) elevação dos pisos profissionais, através de reajustes lineares sobre os padrões de vencimentos;

c) alteração da lei salarial, que vincula 40% das receitas correntes da Prefeitura com despesas de pessoal;

d) reajuste nunca inferior à inflação, aumento real e isonomia;

e) fim dos contratos de terceirização de serviços e rede indireta;

f) ampliação das tabelas de vencimentos, com acréscimo de pelo menos duas referências para os ativos e aposentados;

g) isonomia entre ativos e aposentados, readaptados, comissionados e estáveis;

h) integração do agente de apoio ao QPE;

i) transformação do agente escolar em auxiliar técnico de educação;

j) valorização dos mecanismos de desenvolvimento na carreira, como evolução, promoção, progressão e acesso;

k) reconhecimento dos títulos a qualquer tempo para fins de enquadramento por evolução funcional;

l) exercício da jornada docente de opção, independentemente de regência de classe/aula;

m) redução da jornada de trabalho do quadro de  apoio, para 30 horas/semanais, sem redução de salários;

n) inclusão na Jeif de todos que por ela optarem;

o) garantia de política pública de formação para todos os profissionais de educação;

p) melhoria da estrutura das escolas e das condições de trabalho;

q) atendimento à demanda de educação infantil nos CEIs e Emeis da rede física escolar direta;

r) redução do número de alunos por sala de aula/turma;

s) recessos para os CEIs;

t) assistente de direção para CEIs.

u) direitos para o quadro de apoio, mantendo suas funções atuais de apoio ao aluno e realização de concurso para prover os cargos da carreira;

v) pagamento dos ganhos judiciais para todos e  pagamento dos precatórios;

w) manutenção das salas de apoio pedagógico;

x) não vinculação dos projetos pedagógicos às avaliações externas;

y) adequação dos módulos de servidores em exercício nas unidades;

z) autonomia para as escolas desenvolverem seu projeto pedagógico, aprovado pelo Conselho de Escola;

aa) remoção imediata para o quadro de apoio;

bb) fim dos descontos de licenças médicas e licenças médicas por acidente de trabalho; licenças gestante, paternidade e adoção, para qualquer finalidade;

cc) realização de censo oficial e atendimento integral à demanda de EJA;

dd) regulamentação da Gratificação por Local de Trabalho, fixando seu valor em 30% do QPE-14A;
ee) pagamento de diferença por exercício de função para o ATE."

domingo, 11 de março de 2012

Diane Ravitch: As corporações atacam a educação pública

Escolas que podemos invejar
Tradução Viomundo
[Resenha do livro Lições Finlandesas: O que o mundo pode aprender com as mudanças educacionais na Finlândia?, de Pasi Sahlberg, Teachers College Press, 167 páginas, U$34.95]
Em anos recentes autoridades eleitas e formuladores de políticas públicas como o ex-presidente George W. Bush, o ex-chanceler educacional de Nova York, Joel Klein; a ex-chanceler educacional de Washington DC, Michelle Rhee e a secretária de Educação [equivale ao ministro, nos Estados Unidos] Arne Duncan concordaram que não deve haver “desculpas” para a existência de escolas com notas baixas em testes de múltipla escolha. Os reformistas do “sem desculpas” acreditam que todas as crianças podem atingir determinada proficiência acadêmica independentemente de pobreza, problemas de aprendizagem ou outras condições, e que alguém deve ser responsabilizado se os alunos não conseguirem. Este alguém é invariavelmente o professor.
[Nota do Viomundo: Na lista acima podemos incluir um sem número de 'especialistas' e políticos brasileiros que bebem na matriz neoconservadora]
Nada é dito sobre cobrar responsabilidade dos líderes municipais ou de autoridades eleitas que decidem questões cruciais como financiamento, tamanho da classe e distribuição de recursos. Os reformistas dizem que nossa economia corre risco, não por causa da crescente pobreza ou desigualdade de renda ou da exportação de empregos, mas por causa de professores ruins. Estes professores ruins devem ser identificados e jogados fora. Qualquer lei, regulamentação ou contrato que proteja estes malfeitores pedagógicos precisa ser eliminada para que eles sejam rapidamente removidos sem considerar experiência, senioridade ou processo legal.
A crença de que as escolas, em si, podem superar os efeitos da pobreza teve origem décadas atrás, mas sua mais recente manifestação está num livro curto, publicado em 2000 pela conservadora Fundação Heritage, de Washington DC, intitulado Sem Desculpas [No Excuses]. No livro, Samuel Casey Carter identificou vinte e uma escolas em regiões de alto índice de pobreza com bons resultados nos testes. Na última década, figuras influentes na vida pública decretaram que a reforma escolar é chave para sanar a pobreza. Bill Gates declarou à National Urban League, “vamos acabar com o mito de que podemos acabar com a pobreza antes de melhorar a educação. Eu diria que é ao contrário: melhorar a educação é a melhor forma de resolver a pobreza”. Gates nunca explicou porque uma sociedade rica e poderosa como a nossa não pode enfrentar a pobreza e a melhoria da educação ao mesmo tempo.
Por um período, a Fundação Gates imaginou que escolas menores eram a resposta, mas Gates agora acredita que a avaliação dos professores é o ingrediente primário da reforma escolar. A Fundação Gates dá centenas de milhões de dólares a distritos escolares para desenvolver novos métodos de avaliação. Em 2009, a principal reformista, secretária da Educação Arne Duncan, lançou um programa competitivo de U$ 4,35 bilhões chamado Corrida ao Topo, que exige que os estados avaliem os professores baseados nos resultados de testes e que removam os limites existentes sobre as escolas charter gerenciadas privadamente [escolas que recebem financiamento público e privado, mas que não se submetem a todas as regras impostas pelo estado; em vez disso, se comprometem a atingir determinados parâmetros definidos numa declaração de princípios, o charter].
O principal mecanismo da reforma escolar de hoje é identificar professores capazes de melhorar os resultados dos testes dos alunos ano após ano. Se os resultados melhorarem, dizem os reformistas, então os estudantes vão seguir na escola até a faculdade e a pobreza eventualmente vai desaparecer. Isso vai acontecer, acreditam os reformistas, se houver um “grande professor” em toda classe e se um número maior de escolas for entregue a gerentes privados, ou mesmo a corporações com fins lucrativos.
Os reformistas não se importam se os testes padronizados são vulneráveis a erros de medição, de amostragem ou outros erros estatísticos. Eles não parecem se importar se especialistas como Robert L. Linn da Universidade do Colorado, Linda Darling-Hammond de Stanford e Helen F. Ladd de Duke, assim como a comissão formada pelo National Research Council, já alertaram sobre o mau uso dos testes-padrão como forma de dar recompensas ou sanções a professores, individualmente. Nem enxergam o absurdo de avaliar a qualidade de cada professor a partir de testes de múltipla escolha a que estudantes são submetidos uma vez por ano.
Os testes podem revelar informações úteis, mostrando a alunos e professores o que está sendo ou não aprendido; os resultados podem ser utilizados para diagnosticar problemas de aprendizagem. Mas coisas ruins acontecem quando o resultado de testes passa a ter grande consequência para estudantes, professores e escolas, como a redução do currículo para incluir só o que é testável ou cola ou diminuir o padrão de ensino para inflar os resultados. Em resposta à pressão federal e estadual para melhorar o resultado dos testes, distritos escolares de todo o país têm reduzido o tempo para o ensino de artes, educação física, História, civismo e outras matérias não-testáveis. Isso não vai melhorar a qualidade da educação e com certeza vai prejudicá-la.
Nenhuma nação do mundo eliminou a pobreza demitindo professores ou entregando escolas a gerentes privados; não há estudos que apoiem qualquer destas estratégias. Mas estes fatos inconvenientes não reduzem o zelo dos reformistas. A nova turma de reformistas da educação é formada principalmente por gerentes de fundos hedge de Wall Street, integrantes de fundações, executivos de corporações, empreendedores e formuladores de políticas públicas, mas poucos educadores experientes. A desconexão dos reformistas do dia-a-dia da educação e a indiferença em relação a estudos acadêmicos sobre o assunto permitem aos reformistas ignorar a importância das famílias e da pobreza na educação.
As escolas podem fazer milagres, os reformistas dizem, ao se basear em competição, desregulamentação e gerenciamento pelos números — estratégias similares às que produziram o crash econômico de 2008. Em vista da queda dos reformistas por estas estratégias, os educadores tendem a chamá-los de “reformistas corporativos”, para distinguí-los daqueles que entendem as complexidades da melhoria do sistema de ensino.
A bem financiada campanha de relações públicas dos reformistas corporativos foi bem sucedida ao persuadir autoridades eleitas e o público norte-americano de que a educação pública precisa de uma terapia de choque. Uma pessoa tende a se esquecer de que os Estados Unidos têm a maior e uma das mais bem sucedidas economias do mundo e que parte deste sucesso pode ser atribuído a instituições que educaram 90% das pessoas desta nação.
Diante de uma incansável campanha contra os professores e a educação pública, os educadores têm buscado uma narrativa diferente, livre da estigmatização dos resultados de testes de múltipla escolha e das punições previstas pelos reformistas corporativos. Encontraram isso na Finlândia. Mesmo os reformistas corporativos admiram a Finlândia, aparentemente não reconhecendo que a Finlândia desprova todas as suas diretrizes.
Não é estranho os Estados Unidos usarem outra nação como modelo para a reforma da educação. Na metade do século 19, os líderes da educação dos Estados Unidos elogiavam o sistema prussiano por seu profissionalismo e estrutura. Nos anos 60, os norte-americanos correram para o Reino Unido para se maravilhar com as escolas progressistas. Nos anos 80 os norte-americanos atribuiram o sucesso econômico do Japão ao sistema educacional do país. Agora a nação mais favorecida é a Finlândia e por quatro boas razões.
Primeiro, a Finlândia tem o sistema com melhor performance do mundo, medida pelo Programme for International Student Assessment (PISA), que avalia leitura, conhecimento matemático e científico para estudantes de 15 anos de idade da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD), inclusive os Estados Unidos. Contrariamente a nossos testes, não há consequências práticas nos testes aplicados pelo PISA. Nenhum indivíduo ou escola fica sabendo de seus resultados. Ninguém é recompensado ou punido por causa dos resultados dos testes. Ninguém se prepara para os testes, nem existe incentivo para distorcer o resultado.
Segundo, de uma perspectiva norte-americana, a Finlândia é um universo alternativo. Rejeita todas as “reformas” atualmente populares nos Estados Unidos, como a aplicação de testes, escolas charter, pagamento dos professores por mérito, competição ou avaliação dos professores baseada nos resultados de testes aplicados a estudantes.
Terceiro, entre as nações da OECD, as escolas finlandesas têm a menor variação em qualidade, significando que chegam perto de atingir uma oportunidade educacional igualitária — um ideal norte-americano.
Quarto, a Finlândia emprestou muitas das ideias que valoriza dos Estados Unidos, como a igualdade de oportunidades educacional, instrução individualizada, avaliação de portfolio e aprendizagem cooperativa. Muitos destes empréstimos derivam do trabalho do filósofo John Dewey.
Em Lições Finlandesas: O que o mundo pode aprender com as mudanças educacionais na Finlândia?, Pasi Sahlberg explica como as escolas do país se tornaram bem sucedidas. Autoridade de governo, pesquisador e ex-professor de matemática e de Ciências, Sahlberg atribui a melhoria das escolas finlandesas a decisões ousadas tomadas nos anos 60 e 70. A história da Finlândia é importante, ele escreve, “porque traz esperança àqueles que estão perdendo a fé na educação pública”.
Detratores dizem que a Finlândia tem boa performance acadêmica porque é etnicamente homogênea, mas Sahlberg responde que “o mesmo vale para o Japão, Xangai ou Coreia”, que são admiradas pelos reformistas corporativos por sua ênfase nos testes de múltipla escolha. Para os detratores que dizem que a Finlândia, com sua população de 5,5 milhões, é muito pequena para servir de modelo, Sahlberg responde que “cerca de 30 estados dos Estados Unidos têm uma população parecida ou menor que a da Finlândia”.
Sahlberg fala diretamente sobre a sensação de crise educacional que existe nos Estados Unidos e em outras nações. Os formuladores de políticas dos Estados Unidos procuram soluções baseadas no mercado, propondo “competição mais dura, obtenção de mais dados, abolição dos sindicatos de professores, criação de mais escolas charter ou adoção de modelos de gerenciamento do mundo corporativo”.
Em contraste, a Finlândia gastou os últimos quarenta anos desenvolvendo um sistema educacional diferente, focado em melhorar a qualidade dos professores, limitar os testes a um mínimo necessário, colocar responsabilidade e confiança antes de cobranças e entregar a liderança das escolas e dos distritos escolares a profissionais da educação.
Para um observador norte-americano, o fato mais marcante da educação finlandesa é que os estudantes não fazem testes-padrão até o fim da escola secundária. Eles fazem exames, mas os exames são desenvolvidos pelos próprios professores, não por uma corporação multinacional de ensino. A escola básica finlandesa de nove anos é uma “zona livre de testes-padrão”, onde as crianças são encorajadas a “saber, criar e sustentar sua curiosidade natural”.
Continua

Jovem com síndrome de Down consegue transferência para universidade em Rio Grande

Marina Marandini Pompeu tem 22 anos faz parte do grupo de portadores da doença que ingressaram no Ensino Superior.

Jovem com síndrome de Down consegue transferência para universidade em Rio Grande Nauro Júnior/Agencia RBS
Dóris e Marina: vínculo entre mãe e filha foi decisivo no processo de inclusãoFoto: Nauro Júnior / Agencia RBS

Marina Marandini Pompeu tem 22 anos e nunca foi reprovada na escola — mesmo que para isso precisasse fazer aulas de reforço no contraturno do colégio. Desde a infância, dançou balé, jazz e sapateado. Agora, quer ensinar crianças a dançar. Foi aprovada na faculdade de Educação Artística da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Precisou de amparo judicial para conseguir uma transferência para a Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Marina Marandini Pompeu tem síndrome de Down.
A jovem gaúcha faz parte de um grupo de portadores da doença que ingressaram no Ensino Superior. Dos 300 mil portadores da síndrome, segundo o médico Zan Mustacchi, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas (Cepec), referência nacional no assunto, não chega a 15 o número que está em universidades. O Ministério da Educação não tem dados oficiais. 

Ano passado, Marina cursou o primeiro semestre em Curitiba. Mas a família, de Rio Grande, decidiu retornar ao Estado e, para conseguir a vaga na Furg, a mãe, Dóris Marandini, teve de recorrer à Justiça. 

— Agora, vai começar o desafio de verdade — brinca Marina.

Segundo a pró-reitora de graduação da Furg, Cleuza Dias, nada havia a ser feito pela universidade. Por ser federal, só há duas formas de ingresso: por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou por reingresso. 

— Com a decisão da Justiça, estamos amparados para recebê-la — diz.

No último processo seletivo, 19 alunos com deficiência foram aprovados na Furg. A universidade tem um Programa de Ações Inclusivas que os ajuda na adaptação. São oferecidos intérpretes de libras, monitores e reforços.

— Com certeza, a Marina receberá atenção especial. Apesar de ter convicção que ela é tão inteligente que teria sido aprovada até mesmo na seleção normal — comenta Cleuza.

Ser portadora de síndrome de Down nunca impediu Marina de levar uma vida parecida com a dos amigos. 

— Estudei inglês, espanhol e computação — aponta.

Ao final do Ensino Médio, Marina mudou-se com a mãe e o padrasto para o Paraná, onde iniciou a faculdade de Artes. 

— Para mim foi um prazer tê-la conosco. Farei questão de acompanhar a trajetória dela - afirma a coordenadora do curso de Artes da UFPR, Juliana Azoubel.

Desafios, preconceito e vitória

Quando descer da van, na segunda, Marina viverá mais um recomeço em seus intensos 22 anos. Desde o nascimento, enfrentou desafios. Nem ela nem a mãe desistiram. A professora sempre foi um escudo para a filha. 

Dóris criou a menina sozinha até os 13 anos. Divorciada poucos meses após o nascimento, não mediu esforços pela inclusão. Por três anos, a levava ao Rio, onde fazia fisioterapia.  

Aos quatro anos, o diretor da escola onde dava aula sugeriu a Dóris que levasse Marina ao colégio, para interagir com os alunos da mesma idade. Surpreendentemente, o preconceito partiu dos adultos.

— Lembro que os pais foram reunidos e o diretor disse: "quem não estiver satisfeito pode tirar o filho da escola".

Marina trocou de colégio anos depois. Teve ingresso negado em outras escolas. Para incentivar os estudos e adaptá-la ao ritmo, a mãe contratou uma professora particular. Também por isso, jamais leu o carimbo "reprovado" em seus  boletins.

— Meu sonho é me formar, dar aulas para crianças — planeja Marina.
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Pelo piso, professores do RS aprovam estado de greve

Os professores estaduais do Rio Grande do Sul rejeitaram, em assembleia do Cpers-Sindicato nesta sexta-feira, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo e aprovaram o estado de greve a partir de hoje.
Os educadores definiram ainda uma contraproposta que será apresentada ao governo estadual. Os trabalhadores da educação reivindicam o pagamento de um reajuste, em três parcelas, para cumprir a lei do piso nacional do magistério, que é de R$ 1.451,00. A proposta do governo é pagar, até o final de 2014, o valor de R$ 1.259,11 para uma jornada semanal de 40 horas semanais.
Durante o estado de greve, os educadores deve realizar panelaços, plenárias, seminários, visitas às famílias dos alunos e vigílias como forma de protesto. O sindicato da categoria também disse que vai pressionar os parlamentares pelo cumprimento da lei do piso. 
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IIBlogueirosAT já tem data e local

Na última reunião realizada nesse domingo,11, no centro de Poá/SP a Comissão dos Blogueiros e usuários de Redes Sociais do Alto Tietê, foi confirmada a data e o local do II Encontro Regional. A cidade sede do evento será Suzano (http://pt.wikipedia.org/wiki/Suzano ou http://www.suzano.sp.gov.br/CN01/conheca.asp ) no Teatro Armando de Ré no centro da cidade , com data acertada para o emblemático dia 21 de Abril(http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_abril)
Emblemático porque nesse dia em diferentes épocas ficou marcado por acontecimentos importantes da História da humanidade. Por exemplo, no dia 21 de Abril de 753 a. C. a cidade de Roma foi fundada por Rômulo, que depois viria a ser uns dos maiores Impérios da humanidade.Aqui no Brasil essa data marca dois grandes acontecimentos da nossa história: o enforcamento de Tiradentes em 1792 e em 1960 a inauguração da atual capital federal, Brasília.
Entre outros fatos importantes, também há nascimentos de grandes nomes da humanidade nesta data como a do sociólogo alemão em 1864, Max Weber. Data também do adeus de grandes nomes como do treinador de futebol Telê Santana em 2006 e do escritor Mark Twain em 1910.
O dia 21 de Abril abrigará então mais um momento importante, no caso para democratização da mídia, o II Encontro de Blogueiros que em breve abrirá inscrições no http://www.blogsdoaltotiete.blogspot.com/.Participe!

Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos abre concurso público para Professor Adjunto I

A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, cidade da Grande SP, lançou edital de concurso público para vários cargos entre esses estão ode Professor Adjunto I,Professor Adjunto II – Educação Física,Professor II – Educação Artística (Artes) ;Professor II – Educação Artística (Música) ;Professor II – Educação Especial ;Orientador Sócio-Educacional. Sendo que para Professor Adjunto I são 40 vagas.As inscrições serão exclusivamente via internet entre os dias 12 de março e 04 de abril.
Ainda para este concurso há vagas para área da Saúde, Segurança(guarda civil municipal); Administrração e outros.
Confira Edital da Saúde: http://www.meritumconcursos.com.br/concursos/ferraz2012/editais/EDITAL_03_2012_PMFV_SAUDE.pdf
Confira Edital da Agricultura e Cultura: http://www.meritumconcursos.com.br/concursos/ferraz2012/editais/EDITAL_04_2012_PMFV_AGRICULTURA_CULTURA.pdf
Confira Edital para Guarda Civil Municipal:http://www.meritumconcursos.com.br/concursos/ferraz2012/editais/EDITAL_05_2012_PMFV_GCM.pdf