Os 4,1 milhões de
estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 4
últimos terão acesso ao espelho de correção digitalizado da redação, para fins
pedagógicos, a partir de 15 de fevereiro do próximo ano. De acordo com o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela
realização do Enem, 5.683 profissionais farão a correção. O trabalho terá
início na próxima semana.
A correção avalia cinco competências:
1. Domínio
da norma padrão da língua escrita
2. Compreensão da
proposta de redação e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento
para o desenvolvimento do tema nos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo
3. Capacidade de
selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e
argumentos em defesa de um ponto de vista
4. Conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação
5. Elaboração
de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos
humanos.
A pontuação em cada competência pode variar até
200 pontos. A nota máxima da redação é de mil pontos.
A partir desta edição, a redação será examinada
por dois corretores, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Caso haja
diferença na nota final superior a 200 pontos, o texto será avaliado por um
terceiro corretor. Em anos anteriores, isso ocorria quando a discrepância entre
as duas primeiras notas superava os 300 pontos.
Também a partir deste ano, será acionada uma banca
examinadora de excelência caso a diferença entre as notas dos três avaliadores
permaneça superior a 200 pontos. Composta por três professores, a banca será
responsável pela atribuição da nota final ao participante. O máximo é de mil
pontos. A nota final será a média aritmética daquelas atribuídas pelos
avaliadores.
Na hipótese de a nota do primeiro corretor ser de
640 pontos e a do segundo, 480 — diferença inferior a 200 pontos —, a nota
final da redação desse candidato será a média aritmética das duas. No entanto,
caso a de um corretor, na competência 1, seja 160 e a de outro, 40, a redação será
encaminhada ao terceiro avaliador. Se a terceira nota, nessa competência, se
aproximar daquela atribuída por um dos dois corretores anteriores, não haverá
necessidade de intervenção da banca examinadora. A avaliação mais baixa será
eliminada.
O estudante terá nota zero na redação se fugir ao
tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo
dissertativo-argumentativo, entregar folha em branco ou com sete linhas ou
menos, copiar os textos motivadores e reproduzir impropérios, desenhos ou
palavras de desrespeito aos direitos humanos.
O Inep estima que das 4,1 milhões de redações
corrigidas, cerca de 1,2 milhão receberão a terceira correção e que
aproximadamente 200 mil sejam avaliadas pela banca.
Capacitação — Os corretores passaram por dois meses de treinamento presencial e a distância, no qual foram abordadas as especificidades de cada competência e o conjunto do texto. Nesta semana e na próxima, os profissionais passam por nova capacitação, voltada para a correção do tema — O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21. No dia 14 próximo, serão submetidos a pré-teste de avaliação da capacidade de proceder à correção de acordo com o padrão estabelecido pela banca examinadora.
Após a fase de correção, as redações estarão
disponíveis para visualização na página do Inep na
internet. Os estudantes terão acesso com a senha pessoal gerada no momento em
que fizeram a inscrição para o exame.
Assessoria de Comunicação Social
Republicada com correção de informações
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