sábado, 28 de maio de 2016

Contra a cultura do estupro!

Mais uma vez uma mulher, e no caso uma adolescente, foi estuprada em nosso país. Mais uma vez o direito de um ser humano foi desrespeitado e jogado na lata do lixo. Isso acontece exatamente no momento em que o governo interino destitui a Secretaria Especial de Direitos Humanos, das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude.
Como esperar que haja respeito ao ser humano e principalmente as mulheres(parcela da sociedade juntamente com crianças que mais sofrem com os problemas sociais, guerras e mazelas de acordo com a ONU) quando a grande maioria dos governos estaduais e municipais não se preocupam em criar setores(secretarias) para criar políticas públicas em parcerias com outras pastas e setores, criando a cultura de paz, respeito e garantia aos direitos humanos?
Como acabar com o machismo e a violência doméstica com mulheres se, por exemplo, pessoas e governos acharam absurdo no ando de 2015 incluir nos Planos Municipais de Educação metas e estratégias visando à educação de gênero, de combate ao machismo e misoginia?
Como acabar com a cultura de estupro se deputados líderes de governo e indicados a cargos importantes e até mesmo candidatos a presidentes são acusados de violência contra as mulheres, homicídios e outros ilícitos e nada sofrem?
É um longo caminho até que façamos a grande parcela da sociedade mudar a consciência, não só na frente das pessoas pra se mostrar moderna, mas verdadeiramente, de forma que um ato, menor que seja, contra uma mulher seja motivo de protestos e aversão. Como, por exemplo, comentários feitos em rede nacional de TV por Danilo Gentili, Alexandre Frota ou em redes sociais como fez Lobão.
Devemos mudar essa cultura do estupro, que é a cultura da ofensa, a cultura do medo, a cultura da ditadura, a cultura do desrespeito aos direitos humanos. A Cultura que desrespeita a maior parcela da população brasileira. Que desrespeita as pessoas que ajudam a construir esse país fazendo de duas a três jornadas diárias.
E isso começa na escola! Quando ensinamos aos meninos as personagens e feitos históricos de mulheres; quando simplesmente corrigimos e mostramos a atitude certa a tomar com as meninas. E sim! Incluindo no Plano de Ensino, Plano de Trabalho, Plano de Ação, Projeto Político Pedagógico, no plano de aula, no semanário e na Base Curricular Nacional.
O casa da garota no Rio de Janeiro estuprada por 33 homens, infelizmente, é mais um dentro de tantos que não ficamos sabendo, que não aparecem nos jornais e que ficam escondidos nos corpos, nas mentes e nos corações das mulheres que ainda não tiveram coragem de levantar a voz contra a cultura do estupro.

#EULUTOPELOFIMDACULTURADOESTUPRO

Fonte da imagem: twibbon.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário