terça-feira, 20 de março de 2012

Março Verde e Amarelo: Em Curitiba, 6 mil vão às ruas por Educação

Sob forte chuva, uma multidão de estudantes e professores tomou a Praça Santos Andrade, em Curitiba, ontem (15) para lutar por melhorias na educação e nas condições de trabalho dos professores. Ao todo, 6 mil manifestantes pediram reajuste salarial e mais investimentos na educação.
Durante o mês de março, os estudantes de todo o Brasil estão ocupando as ruas para lutar por seu direito à educação pública e de qualidade. Para a União Paranaense dos Estudantes (UPE) e União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) as reivindicações dos professores são legítimas por isso, nesse Março Verde e Amarelo, as entidades do movimento estudantil se uniram à causa da Educação Paranaense nesse grande ato dos educadores de Curitiba e de todo o Paraná.
Os servidores municipais estão em greve desde a última quarta-feira (14), quando professores estaduais um dia de paralisação dentro do movimento nacional da categoria. Os trabalhadores em educação participam da mobilização que ocorre em todo o país convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em defesa da correta aplicação da Lei do Piso, do investimento de 10% do Produto Interno Bruto na educação e na luta por melhorias na carreira dos educadores.
Na rede estadual, cerca de 1,3 milhão de alunos ficaram sem aulas na quinta-feira (15) por causa da paralisação dos professores. A suspensão das atividades nas escolas do Paraná ocorreu somente nesta quinta, diferentemente de outros estados em que a paralisação começou na quarta-feira (14) e estenderá até a sexta-feira (16).
GREVES MUNICIPAIS
Os professores da rede municipal estão em greve desde ontem (14). Em assembleia realizada na Praça Nossa Senhora de Salete na noite desta quarta-feira, eles recusaram a proposta da prefeitura e decidiram manter a greve em Curitiba.
Segundo Rafael Furtado, integrante do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal (Sismmac), a orientação aos pais é de que não mandem seus filhos para a escola, já que os professores não estarão em sala de aula.
No primeiro dia de greve, cerca de 80% das escolas municipais da cidade estavam fechadas. Ainda não foi divulgado um balanço desta quinta-feira. Os servidores reivindicam reajuste salarial de 20%, melhoria nas condições de trabalho e implantação dos 33,33% de hora-atividade. Atualmente, o vencimento básico do docente da rede pública do município é de R$ 1.199,90 por 20 horas semanais e R$ 2.399,80 por 40 horas semanais.
Segundo a prefeitura, não será feita uma nova proposta. “Fizemos um esforço reconhecido por todos para dar o reajuste de 10%. Acho que nenhuma prefeitura de capital do Brasil tenha dado reajuste desse porte”, disse o prefeito Luciano Ducci.
ENCAMINHAMENTOS
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns (PSDB), se comprometeu a apresentar uma proposta aos professores da rede de ensino estadual até o próximo dia 27 de março.A Comissão recebida pelo Governo, levou à mesa nesta tarde às seguintes reivindicações: implantação de um terço da jornada dos professores como hora-atividade; aplicação do novo valor do Piso Nacional do Magistério (que teve um reajuste de 22,22%).
O Paraná está 18,67% abaixo do PSPN; reajuste de 14,13% para funcionários de escolas; implantação de um novo sistema de atendimento à saúde, em substituição ao atual modelo do Estado, o SAS e, por fim, a destinação de no mínimo 10% do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de toda riqueza produzida no país – para o setor.
Fonte: Comunicação UPE

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