sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Universidades públicas do país se destacam em rankings mundiais

As universidades públicas brasileiras foram destaque em 2011. O mais importantes ranking de instituições de educação superior, divulgado em outubro, selecionou duas brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP), em 178º lugar, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre o número 276 e o 300. O Times Higher Education seleciona as 400 melhores do mundo. No ano passado, a lista tinha 200 universidades e nenhuma brasileira.


Este ranking é elaborado pelo diário The Times, que utilizada dados da Thomson Reuters, a partir de 13 indicadores de desempenho da universidade, do ensino à pesquisa.

Para a doutora em educação e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Helena Sporleder Côrtes, ultrapassar as universidades americanas, como Harvard e Stanford, e as britânicas Cambridge e Oxford, que se intercalam no topo das listas, é praticamente "impensável". No entanto, ela afirma que as instituições brasileiras "caminham aceleradamente para melhorar".

O ranking do britânico Financial Times colocou, em maio, uma escola de negócios brasileira entre as melhores do mundo, à frente de instituições renomadas, como o americano Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Fundação Dom Cabral figura em 5º lugar na lista. O fato da Fundação Dom Cabral chegar a uma posição tão alta no ranking faz parte de uma tendência geral na América Latina, segundo o jornal britânico.

Divulgado em julho, o ranking Webometrics Ranking Web of World Universities avalia a visibilidade na internet das instituições de ensino superior. Na última publicação, a USP foi a instituição brasileira mais bem colocada, conquistando a 43ª posição, e liderando também na América Latina.

Na China, o Ranking Acadêmico de Universidades Mundiais (ARWU, na sigla em inglês) faz uma classificação das instituições de ensino superior mais "recomendadas" para se estudar fora do país. Publicada anualmente pela Universidade de Jiao Tong desde 2003, a classificação usa seis indicadores para avaliar as instituições, entre eles o número de professores Nobel e outros prêmios em ciências e economia, menções a seus pesqs e alunos que ganharam prêmiouisadores e artigos publicados em jornais científicos.

Já a última edição, divulgada em agosto, coloca a USP entre as 150 melhores do mundo. Na lista também estão Unicamp, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A USP e a Unicamp aparecem novamente entre as 300 melhores, segundo o ranking inglês QS, divulgado em setembro, publicado anualmente desde 2004, em 169º e 235, respectivamente. É levado em conta o desempenho acadêmico nas áreas de artes e humanidades, ciências naturais, engenharia e tecnologia da informação, ciências sociais e ciências da vida. Dentre outros critérios, a lista é elaborada com base na opinião de acadêmicos de todo o mundo, de empregadores e no número de citações científicas das instituições.

Para Helena Sporleder Côrtes, as universidades públicas no Brasil estão se empenhando para chegar perto das melhores do mundo. "O aporte de investimento em pesquisa cresceu muito, também temos valorizado a internacionalização, com trabalhos conjuntos com universidades estrangeiras. A tendência é avançar para um patamar de qualidade expressivo, mas ultrapassar as melhores é impensável", afirma. O problema está no "atraso histórico do ensino superior no Brasil".

Com Terra

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