terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estudantes expulsos da USP vão recorrer

Os seis estudantes expulsos da Universidade de São Paulo (USP), na semana passada, vão recorrer do despacho, assinado pelo reitor João Grandino Rodas, tanto no âmbito da instituição, quanto na Justiça comum. Desde o início da tarde de hoje (19), cerca de 300 jovens protestam no campus Butantã, na Zona Oeste da capital paulista, contra as expulsões.Os alunos expulsos são moradores do CRUSP (moradia estudantil), que ocuparam uma das salas da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), em março deste ano. O ato da reitoria tem como base o decreto de 72, redigido durante a ditadura militar, ainda vigente no Regimento Geral da USP, que permite penalidades políticas. O despacho do reitor foi publicado no Diário Oficial de SP, no sábado (17).
“Estamos costurando uma nova equipe de advogados, maior, com mais peso, para garantir o acesso dos estudantes à universidade. Devemos entrar com mandado de segurança e, internamente, com nulidade administrativa sobre o despacho”, disse João Vitor Pavesi de Oliveira, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP. Segundo ele, movimentos sociais e sindicatos que já deram apoio ao movimento estão sendo consultados.
Ato

Os estudantes realizaram uma passeata pelo campus e seguiram até a saída da Cidade Universitária, no cruzamento com a Rua Alvarenga, onde paralisaram o trânsito por algumas horas. Por volta das 1640, retornavam para o espaço em frente à Reitoria, onde ocorreu a concentração do ato desta segunda-feira.
Novas mobilizações deverão ser acertadas em uma reunião prevista para acontecer no final desta tarde ou início da noite. “Não temos uma posição fechada sobre o que faremos. Vamos discutir e votar”, adiantou João Vitor.
Uma das hipóteses levantadas pelo grupo é realizar um acampamento em frente ao prédio da Reitoria, aos moldes do Ocupe Wall Street.
Também está marcada uma reunião dos moradores do Crusp amanhã (20), às 18h, no espaço verde da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

De São Paulo
Deborah Moreira

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