segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Após 6 meses de protestos, termina a ocupação da Universidade do Chile

Com o término da ocupação do prédio central da Universidade do Chile, os estudantes de ensino superior encerraram nesta quarta-feira (21) mais de seis meses de mobilizações que exigiam educação pública, gratuita e de qualidade. Os estudantes secundaristas fizeram o mesmo, após desocuparem nesta quarta o emblemático Instituto Nacional, que abrigava 3 mil alunos. Os dois edifícios ficam a duas quadras do Palácio de La Moneda, sede do governo chileno.
Dessa forma, os dirigentes estudantis desconvocaram uma mobilização que estava agendada para esta quinta-feira. A desocupação da Universidade do Chile por parte de cerca de 150 estudantes não esteve isenta de tensão. A FECH (Federação de Estudantes da Universidade do Chile) tinha se comprometido a devolver o prédio nesta quarta-feira.
Enquanto os jovens deixavam o local, dois funcionários de limpeza pública chegaram cedo para limpar e pintar a fachada do edifício. Em menos de duas horas, os muros ficaram limpos das palavras de ordem pichadas.
Além disso, com a ajuda dos estudantes, os funcionários de limpeza tiraram um extenso cartaz preto que estava pendurado na fachada e tiraram o capuz que, durante os protestos, cobria o rosto da estátua do filósofo venezuelano Andrés Bello, um dos inspiradores e criadores da Universidade do Chile, em 1842. A poucos metros dali, o prefeito de Santiago, Pablo Zalaquett, e o reitor da universidade, Jorge Toro, receberam dos estudantes a devolução do prédio do Instituto Nacional.
As mobilizações começaram em meados de maio para exigir que o governo central voltasse a administrar a educação primária e secundária, que proibisse o lucro de instituições educacionais privadas e que se garantisse na Constituição o direito a uma educação pública e de qualidade.
No entanto, o atual presidente da FECH, Gabriel Boric, assinalou na segunda-feira passada que, no ano que vem, os estudantes retomarão as mobilizações estudantis. Segundo ele, é preciso enfrentar o governo intransigente, "que não está disposto a mudar sua visão de educação".
Com informações da EFE

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