terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Governo tucano de Goiás : OSs na educação

Em Goiás, na Região Centro - Oeste do Brasil, estudantes secundaristas da região de Anápolis repetem o movimento de ocupações das Unidades Escolares iniciado por estudantes paulistas. Entretanto, o motivo é diferente: terceirização da gestão escolar por Organizações Sociais. Em São Paulo, o motivo das ocupações foi o pseudo projeto de reorganização que fecharia dezenas de escolas e trocaria outra centena de milhares de alunos de unidades.Todavia, apesar das diferenças algo é semelhante: a absurda forma dos governos tucanos de fazer mudanças sem dialogar com as partes interessadas e afetadas.
Em Goiás, a bola da vez é a passagem da administração de escolas para organizações sociais, ou seja, terceirização da gestão escolar.
Estudantes entenderam o recado, de precarização, e se manifestaram contra ocupando escolas e promovendo atos de rua, que foram duramente reprimidos.
O governo do estado, por meio do site da secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte, a SEDUCE, criou o item " OS na educação: Tudo o que você precisa saber" para explicar o projeto.
Muitas explicações são dadas referente as consequências do projeto para professores, estudantes e poder público. A cada explicação e a cada parágrafo escrito percebe-se a razão das ocupações dos estudantes, pois não há justificativa(tornar justo), isto porque tudo o que a OS faria é de responsabilidade do poder público e o mesmo já o faz. Em todos os itens a SEDUCE não consegue deixar claro os benefícios da terceirização e tentam ainda caracterizar terceirização como "parceria de fomento".
Um detalhe que chama atenção é o fato dos professores temporários a serem contratados passa a ser de responsabilidade das OSs, o que inclui tudo, inclusive direitos trabalhistas. Uma característica tipica  da terceirização.
Mais um ponto que iguala os governos de Goiás e São Paulo é que em uma de suas declarações, a secretária responsável da pasta Raquel Teixeira diz estar aberta ao diálogo, entretanto, o projeto não será cancelado.
No site da educação consta que dia 27/01 haverá Audiência Pública sobre o tema em Anápolis. Além disso, as escolas ocupadas só iniciarão o ano letivo de 2016, que já começou no último dia 20, após serem desocupadas e foi aberta a opção de transferência destas unidades.
Mais uma vez é exposto, em Goiás, o jeito tucano de governar.

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