Cerca de 300 estudantes ocupam o Congresso Nacional, desde
às 10h30 da manhã desta quarta-feira
(31), em Brasília (DF), para exigir a aplicação de 100% dos royalties do
Petróleo para Educação. A manifestação, que se concentrará na Câmara dos
Deputados, é organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Cartaz da campanha dos estudantes pelos 100% dos royalties
do petróleo e 50% do fundo social do pré-sal para a Educação / divulgação UNE
Os estudantes querem garantir o repasse dos royalties do
petróleo e do pré-sal , em um momento decisivo para destinação e função de uma
das principais riquezas nacionais para ampliar o acesso à Educação. Hoje, está
prevista a votação do projeto de lei que trata da redistribuição dos royalties
do petróleo, na Câmara.
Reafirmando sua defesa pela garantia de investimento direto
de 100% dos royalties do petróleo e metade do fundo social do pré-sal destinado
à educação, este é o Brasil que a juventude relembra ao levantar o manifesto no
ato desta quarta-feira:
- os 13 milhões de analfabetos de nossa nação;
- os 3,7 milhões de crianças e adolescentes que estão fora
da escola;
- os mais de 5 milhões de estudantes com idade superior à
recomendada nos anos finais do Ensino Fundamental;
- os 25,5 milhões matriculados no Ensino Fundamental nas
redes estaduais e municipais de educação em escolas que precisam de novas
estruturas, mais professores, melhor organização, material didático com
educação direcionada;
- o alto índice de evasão escolar no Ensino Médio que chega
a 10,3%, estudantes que dificilmente terão outra oportunidade;
- os quase 7,5 milhões de estudantes do Ensino Médio
matriculados nas redes urbanas e rurais que pedem uma nova escola;
- professores insatisfeitos, mal remunerados e sem incentivo
nas salas de aula.
De acordo com texto divulgado pelas entidades estudantis, a
destinação dessa riqueza deverá reparar "um erro histórico que o pais
cometeu em determinados ciclos de riqueza."
Votação
Na tarde desta terça-feira (30), o presidente da Câmara,
Marco Maia, se disse confiante na votação do projeto que trata da distribuição
dos royalties do petróleo, embora o governo defenda mais discussão. “São 25
estados brasileiros, cerca de 450 deputados que querem a votação o mais
rapidamente possível, isso nos dá garantia de que o projeto será votado”,
sustentou.
Pouco antes, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia
(PT-SP), havia defendido que a destinação dos recursos do petróleo seja mais
bem discutida, para prever, por exemplo, uma parte das verbas para o
financiamento da educação e do desenvolvimento tecnológico.
Marco Maia também considera essa medida importante e
considera possível a negociação para chegar a um consenso. “Todos têm interesse
em que a educação seja instrumento de desenvolvimento do Brasil, então podemos
ter acordo”, afirmou.
10% do PIB para a Educação
Todos os anos com Jornadas de Lutas, a juventude vai às ruas
em defesa de uma educação com mais qualidade. A aplicação dos 10% do PIB para
área com meta a ser atingida no Plano Nacional de Educação já foi declara pela
própria presidenta Dilma Rousseff, utilizando como alternativa de captação a
riqueza extraída do petróleo.
para a Ubes e a UNE, somente com investimentos maciços em
educação é que o desenvolvimento do país, que vem erradicando a pobreza, se
consolidará de maneira estrutural. "O desenvolvimento tecnológico, a
construção da nova escola e o protagonismo dos estudantes,a UBES, ao lado dos
secundaristas de cada estado do país - rumo à uma conquista sem precedentes,
reafirma sua defesa pela aplicação direta na educação por meio dos royalties do
petróleo", diz um trecho do texto divulgado.
Da redação com Twiiter da UNE e UBES
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