segunda-feira, 11 de junho de 2012

Bahia: servidores da UFBA e UFRB entram em greve

Por ampla maioria e apenas duas abstenções, os servidores técnico-administrativos da UFBA (Universidade Federal da Bahia) deflagraram greve por tempo indeterminado. A votação ocorreu durante assembleia geral realizada na manhã desta segunda-feira (11), na Escola Politécnica da UFBA.


A greve também foi deflagrada pelos servidores da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), que realizaram assembleia em Cruz das Almas.

Os servidores da UFBA aprovaram por ampla maioria, em regime de votação, o desconto do fundo de greve, que é feito nos contracheques dos servidores para manter o movimento. Eles debateram também as exigências da Lei de Greve. “Vamos cumprir o que determina a Lei de Greve. Estamos deflagrando a greve hoje, mas cumpriremos o prazo de 72 horas para o inicio da greve, que, no caso, será sexta-feira, dia 15”, explica a coordenadora geral da ASSUFBA Sindicato, Nadja Rabello.

“Já foram realizadas 57 reuniões com o governo. Nenhuma resposta concreta nos foi dada, estamos preparados para esta luta. Chega de amargar prejuízos, vamos construir uma greve forte”, afirmou o coordenador jurídico da ASSUFBA (Sindicato dos assistentes técnico-Administrativos da UFBA e UFRB), Paulo César Vaz.

“Essa vai ser uma greve mais arrojada, de resistência. A UFBA e a UFRB nunca se negaram a luta, e agora não será diferente”, enfatiza Vaz.

O movimento foi decidido em reunião da plenária da FASUBRA Sindical (entidade federal a qual a ASSUFBA Sindicato é subordinada), realizada nos dias 3 e 4 de junho, em Brasília, quando foi aprovado, com apenas duas abstenções, a deflagração da greve para o dia 11 de junho. Ao todo participaram 37 entidades e 173 delegados de todo país. 

Pauta local – A ASSUFBA trará às atividades de greve os debates sobre Turnos Contínuos, Capacitação, Condições de Trabalho, Saúde do Trabalhador e a Democratização das Relações Internas na UFBA e UFRB. Além disso, o Sindicato está numa luta forte contra os artigos da MP 568/12 que prejudicam os servidores da área de saúde, principalmente os médicos que tiveram prejuízos dobrados com a mudança na tabela.

“No campo político a ASSUFBA mantém seu compromisso em defesa da Paridade, do PCCTAE, no campo jurídico, estamos atentos à legislação para fazermos um movimento forte, inclusive com atenção especial aos servidores em estágio probatório, para que não sejam cerceados”, garantiu Nadja Rabello, coordenadora geral da ASSUFBA.

Na sexta, dia 15, a categoria vai realizar uma grande assembleia na reitoria da UFBA, no Canela, a partir das 10h. “Será um ato conjunto da UFBA e UFRB, onde daremos início ao nosso movimento, afirma a coordenadora geral da ASSUFBA, Nadja Rabello.

Pauta da Greve

I - Eixo Específico: 
- Reajuste Salarial: Recurso para o piso - Piso de 3 Salário Mínimo (SM) e Step de 5%; 
- Racionalização dos Cargos; 
- Reposicionamento dos Aposentados; - Mudança do Anexo IV (Incentivo a Qualificação); 
- Devolução do Vencimento Básico Complementar Absorvido (Mudança na Lei da Carreira - 11.091/05); 
- Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes. 

II- Eixo Geral: 
Luta contra a EBSERH; Luta contra a Terceirização, por concurso Público já!; Lutar por 10% do PIB para Educação; Implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário; Contra a MP 568/12 nos artigos que atingem a redução Salarial dos Médicos e Médicos Veterinários e da Insalubridade/Periculosidade. Em defesa da Negociação coletiva, Data base e definição da política salarial; Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).

Fonte: Ascom ASSUFBA Sindicato
 

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