domingo, 3 de setembro de 2017

Questão salarial

Estamos vendo neste ano de 2017 uma banalização e principalmente um ataque aos servidores público e em especial a carreira de professor.
Nas cidades do Alto Tietê professores enfrentam a cada dia maiores dificuldades para exercer sua profissão. Diversos são o s desafios: falta de material, violência escolar, falta de segurança, assédio moral e por último e não menos importante salários baixíssimos.
Este último item foi tema de paralisações e greves na região. Em Suzano, servidores incluindo professores entraram em greve por reajuste salarial, após o atual prefeito propor apenas 3% divididos entre este ano e 2018 e por fim serem agredidos em protesto na Câmara Municipal.
Em Ferraz de Vasconcelos o reajuste previsto para o mês de Maio previsto nem surgiu na pauta da Câmara.
Já em Itaquaquecetuba além de não haver reajuste a administração municipal tentou nos últimos dias reduzir o salário de professores tirando o valor pago do horário de estudo. Entretanto, devido a protestos dos profissionais da Educação tal situação foi revertida.

Foto: http://sservidores.org.br/
Em Poá, servidores enfrentam situação parecida com os outros municípios, entretanto, com um agravante: há o risco de exonerações.
Contudo, ainda encontramos pessoas na sociedade que consideram o movimento de greve como ilegítimo e que consideram que professores ganham bem.
Entretanto, isto é ignorância sobre o assunto ou discurso reacionário de pessoas que reconhecem na imagem do professor um profissional propicio para auxílio na transformação social, e querem que tal profissão seja sucateada.
Ao verificarmos, por exemplo, o Parecer CNE/CBE  n.º 08/2010 na parte de " Valorização dos professores" dados da discrepância salarial entre professores e outras áreas:

De acordo com o mesmo parecer uma tentativa de valorização do Magistério e diminuição da diferença salarial encontrada foi a criação da Lei do Piso do Magistério, entretanto, há ainda descumprimento da lei do Piso como mostra os dados da Confederação Nacional dos trabalhadores da Educação:


As informações demonstram exatamente o que se pretende com este texto: mostrar que apesar da importância que o professor exerce na formação de todos os cidadãos brasileiros, sua valorização salarial não se aproxime nem um pouco desta importante carreira.
A sociedade capitalista via seus governos, uma grande parte corrupta, continuam sem prestar o devido valor a carreira da educação, o que de acordo com pesquisas, está afastando cada dia mais a juventude da vontade de ser professor. Isso pode acarretar, daqui alguns anos, falta de profissionais para a sala de aula.
Será que é isso que pais, estudantes e sociedade em geral querem?
Será que vamos deixar que corruptos que roubam milhões e que promovem cortes de milhões no orçamento da Educação prevalecerem?
O que fazer?

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