terça-feira, 30 de maio de 2017

Poá: SINTEP realiza paralisação e governo Lopes ataca entidade

Hoje, 30/05, o Sindicato dos trabalhadores da Educação de Poá - SINTEP, realizou paralisação com Assembleia Geral para discutir o estado de greve declarado durante a Greve Geral de 28 de Abril, com o mote de reajuste salarial, reestruturação do plano de carreira, implantação de convênio médico e outras reivindicações. Entretanto, servidores e sindicalistas foram pegos de surpresa por uma artimanha do executivo municipal que recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo para tentar evitar a paralisação e possível greve. Veja o teor da liminar:



É curioso como governos antidemocráticos tentam inviabilizar o processo de liberdade de expressão dos movimentos sociais e da classe trabalhadora. As alegações apresentadas pela prefeitura são um escárnio à democracia:

  1. Diz que o SINTEP está "inabilitado para representar pois não possui a carta sindical": é engraçado tal argumento pois até pouco tempo, exatamente, dia 28 de Abril o mesmo executivo recebia e discutia no gabinete do prefeito as reivindicações dos trabalhadores da Educação;
  2. Alega que "os professores são representados pelo SINEDUC": estranho algum professor de Poá ou outro trabalhador da educação poaense ser representado por um sindicato de profissionais de Ribeirão Pires. Tal situação é bem explicita no site do sindicato http://sineducdigital.com.br/ que em todas as suas postagens fazem referências aos trabalhadores do município de Ribeirão Pires, inclusive em uma das mais recentes de 26 de Maio:
  3.  Imposto Sindical: outra referência da argumentação da Prefeitura de Poá é que o referido Sindicato faz o recolhimento do imposto sindical, a questão é: como o SINEDUC que não tem representatividade e associados no município recolhe o imposto sindical? Como o SINEDUC recebe o imposto sindical se esta entidade nem aparece no quadro de credores do Portal da Transparência do município na página de "Transferência Recebidas e Cedidas" como, por exemplo, aparecem o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poá, o SINDSAUDE  - Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do estado de SP , a Associação dos Funcionários da Secretaria de Segurança de Poá e a Federação dos Servidores Públicos de SP? Seria prevaricação?
Entretanto, apesar do ataque por via de ordem judicial que declara que deverá ter 85% dos trabalhadores em serviço e o risco de multa, a paralisação ocorreu bem como manifestação na Câmara dos Vereadores de Poá que abriu espaço para que um dos representantes do sindicato , o Professor Franklin, pudesse expor a situação dos servidores.


Trabalhadores da Educação de Poá em manifestação na Câmara.

Trabalhadores da Educação de Poá em manifestação na Câmara.

Trabalhadores da Educação de Poá em manifestação na Câmara.
Após participação na sessão da Câmara os servidores foram para a rua José Calil, em frente a casa legislativa realizar Assembleia Geral para decidir o rumo do movimento. Lá decidiram por interromper o movimento até reunião de conciliação marcada pelo TJ/SP para o dia 05 de Junho como determinado na sentença já citada. 
É importante deixar registrado, que o SINTEP cumpre um papel muito importante nesse momento na Região do Alto Tietê, já que os servidores públicos sofrem revés neste período de dissídio - cabe lembrar que Ferraz de Vasconcelos também não viabilizou reajuste de servidores apesar de prefeitos, secretários e vereadores sim - quando a maioria dos municípios da Região não concedem reajuste ou o fazem em valor menor do que a inflação do período, como Suzano que dividiu o reajuste em três vezes após de forma violenta reprimir movimento grevista.

Fotos : L. M. Silva

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