quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Violência contra professores em SP

Hoje, 22, foi publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" matéria sobre violência contra professores nas escolas estaduais, intitulada " Por mês, ao menos 23 professores da rede pública paulista são agredidos" (pág. A12 - caderno Metrópole). 
Na reportagem o jornalista Luiz Fernando Toledo discorre sobre os dados apresentados pelo sistema chamado "ROE" - Registro de Ocorrências Escolares - criado pela secretaria estadual de educação e cita casos como o da professora agredida na E.E República Nicarágua em novembro(mês passado) deste ano. No início, porém, quantifica o total de casos registrados até julho deste ano: 164.
Sabemos , entretanto, que os casos são muito mais que 164 ou seguindo a média apresentada de 23 ao mês: 23x12 = 276 casos por ano. Esses são os casos que são, talvez pela gravidade do caso e insistência dos professores, registrados pois muitos não são. Tanto nas escolas estaduais como nas escolas municipais, que nem contam com o sistema ROE.
O fato é que no Brasil onde todo mundo fala e diz entender de educação não fazem nada para realmente mudar o quadro geral da mesma, sendo  o respeito dado a quem realmente entende do fazer educação é quase mínimo.
A violência dos alunos contra professores não tem  causa única e exclusiva do conflito de sala de aula entre estes atores escolares. Está ligado, verdadeiramente, ao descompromisso que sociedade, governos e mídia de diversos formatos demonstram  pelos profissionais da educação. 
Como pedir para uma criança, jovem ou adolescente respeitar um agente estranho à sua vida, que ninguém mais respeita? Como exigir do educando que obedeça as comandas de adultos na escola se na casa deles quem mandam são eles? Como querer que os jovens respeitem professores se governos não se solidarizam com seus atos de greve; se governos retiram direitos conquistados a custa de tanta luta; como querer respeito se até a autoridade máxima do país em educação, o ministro da educação, desrespeita educadores ao dizer que estes tem muitos "privilégios"?
Como fazer com que a juventude respeite professores se esta está abandonada de valores, afeto e oportunidades em diversas áreas da vida?
São questionamentos que enquanto não aparecem respostas plausíveis e solucionadoras, professores não só do estado de São Paulo, mas do Brasil inteiro, continuarão a sofrer violência. Não só a física mas a verbal que é bem mais comum como também a moral, de alunos, família de alunos e outros.
Fala- se e se propaga muito que a educação é o caminho para uma mudança social realmente libertadora, entretanto, aquele que deve ser valorizado e respeitado para que isto ocorra efetivamente, é tratado como um ser de casta inferior.
Precisamos urgentemente que os projetos, leis e ideias que já estão aprovadas para educação sejam realizadas de fato para que professores sejam respeitados e tenham condições de realizar seu trabalho de forma digna e eficaz. Aí sim teremos um país livre da miséria e pobreza financeira e humana.




Alto Tietê

Vale ressaltar que na reportagem citada acima é apresentado um ranking com as cidades que foram registrados casos de violência contra professores no Estado de São Paulo. O município de São Paulo lidera o ranking com um total de 150 casos em seguida aparecem Mauá e grandes centros populacionais como Campinas(27) e Guarulhos(20).
Entre as 20 cidades que mais tem casos de violência contra professores registrados(é bom salientar), aparecem três cidades da Região do Alto Tietê, são elas: Suzano na décima colocação com 16 casos; Itaquaquecetuba na 13ª colocação com 13 casos e na 14ª colocação Mogi das Cruzes com 12 casos.


Fonte: jornal 'O Estado de S. Paulo'

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